quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Divulgada Capa de Diários do Vampiro: Reunião Sombria

Oiiee! Então, foi divulgada pela Editora Record a capa do quarto livro de Diários do Vampiro: Reunião Sombria. Seu lançamento está previsto apenas para junho, mas sem uma data confirmada. Ah, o personagem da capa ainda é desconhecido, mas provavelmente é a Bonnie! Achei a capa muito bem feita, e também acho as capas brasileiras da série bem mais bonitas que as americanas! Vejam só:

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Harry Potter & O Último Horcrux


Autora: Sônia Sag

Capa: Morgana

Uma fanfic de Harry Potter, equivale ao último livro da saga. Foi escrita antes de Harry Potter E As Relíquias Da Morte ser publicado, e possui um desfecho impressionante.


Capítulo 02: A Vila

Capítulo 03: Bull

Capítulo 04: O Destino de Horácio

Capítulo 05: Saudades, Dobby & Castigo

Capítulo 06: Escombros Assombrados

Capítulo 07: A Mui Útil Bellatrix

Capítulo 08: O Texugo Dourado

Capítulo 09: A Casa da Árvore

Capítulo 10: A Notícia No Profeta

Capítulo 11: Ouvindo Conversa Alheia

Capítulo 12: De Volta

Capítulo 13: Da Mente, As Dores

Capítulo 14: Lobos Na Noite

Capítulo 15: A Caminho

Capítulo 16: Varinhas Negras

Capítulo 17: Fogo & Vento

Capítulo 18: Perguntas do Ministério

Capítulo 19: Os Sentimentos de Tom

Capítulo 20: Não Foi Potter...

Capítulo 21: Pequenos Pássaros

Capítulo 22: Os Garimpeiros de Hagrid

Capítulo 23: O Monstro & A Jóia

Capítulo 24: Caçando O Javali

Capítulo 25: RAB

Capítulo 26: Dívida Mágica

Capítulo 27: Sem Fôlego!

Capítulo 28: A Lembrança de Godric

Capítulo 29: Ondulações

Capítulo 30: Hogwarts Sitiada

Capítulo 31: O Mal Nas Sombras

Capítulo 32: Setas de Prata

Capítulo 33: Heróis & Serpentes

Capítulo 34: Últimos Momentos - Parte 01

Capítulo 35: Últimos Momentos - Parte 02

Epílogo

Harry Potter E O Último Horcrux - Capítulo 01: Srta. Abracadabra & Sr. Ócus Pócus

Grimmauld Place, a sede da Ordem da Fênix, nunca estivera tão sombria. E isso não mais devia-se à decoração “sou uma mansão nobre e má” da falecida Sra. Black, mas à situação caótica encontrada fora de suas paredes. Bruxos e trouxas eram atacados e mortos quase diariamente e em grande número, e Voldemort estava mais ativo que nunca, agora que Dumbledore se fora.

Gina Weasley suspirou, embaçando o vidro da janela onde estivera encostada, remoendo preocupações – Dumbledore! Tantas coisas se perderam junto com ele.

Hogwarts fora fechada por ordem do Ministro da Magia logo após o assassinato de seu diretor e não havia previsão de sua reabertura. A comunidade bruxa, aterrorizada, presa dentro de suas casas pelo medo, perdera quase toda a esperança, agora que o único bruxo que o Lord Negro temera não estava mais ali para protegê-los, e o menino que sobreviveu, também chamado de O Escolhido, desaparecera de suas vistas. A Ordem da Fênix, com novo líder e fiel do segredo - Olho Tonto Moody -, era quem mais conseguia resultados contra as forças das trevas, mas a altos custos.

Gina olhou lentamente em torno do quarto que fora de Sirius, e que ela escolhera para si. Parecia-lhe que era o quarto mais ligado à sua maior perda até então:Harry. E era ali que se refugiava para pensar nele, no irmão e na melhor amiga, ausentes há tempos, envolvidos na busca pelos pedaços da alma de Tom Riddle. Eles se foram sem avisos, logo após o casamento de Gui e Fleur, o que resultara em muitas lágrimas da Sra. Weasley e em mais preocupação para os demais. Moody esclareceu, na sua maneira direta:

- Ele está seguindo os planos de Dumbledore. Weasley e Granger serão de ajuda.

Pouquíssimas pessoas da Ordem e a própria Gina, eram os únicos que sabiam que planos eram esses.

O barulho de bicadas na janela distraiu-a desses pensamentos, e ela viu, com alegre surpresa, Edwiges no parapeito. Colocou a bela coruja das neves para dentro e esta imediatamente mostrou o pergaminho amarrado à pata. Depois de servir-lhe água, acariciou suas penas em agradecimento, sentando-se para ler.
“Cara Senhorita Abracadabra,

Estamos bem. Peço que cuide com carinho da minha amiga. Se você ou ela tiverem muita saudade, podem conversar comigo. Em outro caso, mantenham-se quietas enquanto eu não chegar. Vermelho e Castanha lhe mandam beijos e eu os invejo por poderem. O Rabo Córneo Húngaro está com saudades.

Lembranças à sua família!

Seu humilde servo,

Senhor Ócus Pócus.”
Gina sorriu, levando o pergaminho aos lábios. Para qualquer um que interceptasse a coruja, seria uma mensagem sem sentido, mas ela entendera. Deveria cuidar de Edwiges, e só mandar mensagens por ela se fosse muito urgente. Vermelho e Castanha eram Ron e Mione e o Sr. Ócus Pócus, era Harry Potter. O Rabo Córneo saudoso era a tatuagem que meses antes ela dissera haver em seu peito.

Guardou a carta cuidadosamente, colocou Edwiges junto a Errol e desceu para jantar, reanimada. Encontrou Moody, Lupin e o prof. Flitwick acabando o que parecia ser um feitiço muito complicado na porta da frente.

- Oi! O que estão fazendo?

- Enfeitiçando a casa para Snape não poder entrar. – Respondeu Lupin, sucinto. O semblante da garota demonstrou seu asco à menção do ex professor, e Lupin mudou o assunto rapidamente.

- Parecia quase feliz descendo as escadas... Aconteceu alguma coisa?

- Não. Nada. – Mas um meio sorriso escapou.

- Entendo. Bem, quando “NADA” entrar em contato novamente, peça para que tome cuidado...- Disse, piscando para a garota.

Gina riu, pela primeira vez em muito tempo, e foi procurar a mãe, em busca de comida. Na cozinha estavam seus pais conversando com Minerva MacGonagall, a Sra. Weasley novamente lamentando a ida dos garotos. Aproveitando a presença da professora, Gina perguntou, no tom mais descontraído que conseguiu, em uma brecha na conversa dos mais velhos:

- Alguém tem notícias do prof. Slughorn?

MacGonagall lhe lançou um de seus olhares penetrantes.

- Não. Acredito que esteja se escondendo de novo. Por quê?

- Só curiosidade. – Respondeu, planejando mentalmente como faria para encontrá-lo. Não fora levada para a busca, mas iria ajudar mesmo assim, descobrindo tudo que pudesse sobre os tais Horcruxes. Não ficaria tão quieta como Harry gostaria.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Confirmada a 2ª Temporada de Vampire Diaries!!!


Podem fazer a festa! Foi confirmada pela CW que haverá uma segunda temporada da série!!! Segundo eles, ela foi a série de maior sucesso do canal!!! Vejam só a matéria:
As séries que recebem renovações precoce incluem o lançamento desta temporada Vampire Diaries, série mais assistida da CW (4,6 milhões de espectadores) e número da rede (2,5 / 8 ) entre os adultos de 18 a 34. O primeiro episódio de Vampire Diaries gerou a maior audiência na história da rede para uma estréia de série (5,7 milhões de espectadores) no total. Vampire Diaries tem melhor desempenho da CW nas quintas-feiras às 8:00 pm por 114% entre as mulheres 18-34 nesta temporada.
fonte: diariosdovampiro.com

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Outra Abertura de Vampire Diaries!!!

Oiee! Então, essa é bem parecida com a outra, e foi feita pela mesma pessoa. A única diferença é que nessa aparecem todos os personagens, e logo depois de aparecer a Elena aparece o Stefan, e não o Damon (como na outra abertura...). Olhem que legal:

Sol Poente - Capítulo 04: Pesquisa

A primeira coisa que fiz foi ir a biblioteca. Perguntei a bibliotecária se eles tinha algum conteúdo sobre Rosalie Lillian Hale. Ela me mostrou onde se encontravam os jornais. Todos eles informavam coisas das quais eu já sabia- meu noivado, meu nascimento, e até o casamento de Vera saiu no jornal, por minha causa.

Mas um último chamou minha atenção. Um jornal local de Rochester, minha cidade. Ele tinha uma matéria, cuja a manchete era “o reaparecimento da noiva assassina”. a ler:

“A cinco dias, a Srta. Rosalie Lillian Hale desapareceu. A família, preocupada, junto com seu noivo, Royce King 2º. Uma testemunha anônima nos diz que a jovem se encontrou com alguns bêbados, aparentemente ao acaso, bêbados esses que mais tarde a testemunha reconheceu sendo o noivo da jovem. Os homens riam, mais então, a nossa preciosa testemunha teve que sair. A última coisa que ouviu foram os gritos da moça. Então, ontem, fomos a casa de Royce King, falar com seu filho sobre o acontecido. Ele nos disse apenas isso: “Eu sinceramente acho que Também uma entrevista com Royce, com todas as desculpas bobas que ele deu. Comecei foi sequestrada. O sequestro é algo espantoso. As pessoas que sequestram são rudes. Não sabemos do que são capazes.”

A preocupação e a falta de sentimento em sua voz eram palpáveis. Como eu poderia passar o resto de minha vida ao lado de tal homem?

Voltei a ler: “E hoje, o mais assustador aconteceu. O corpo de Royce King 2º foi encontrado em um de seus aposentos, ao lado de um vestido de noiva, no qual, este, banhado de sangue. Isto provaria o envolvimento de Royce no caso? Ou talvez, para a alegria de muitos, que a srta. Hale ainda está viva?”

Não. Eu não estava viva. Meus pais no momento deveriam estar aos prantos. Dias depois eles chorariam na cerimônia da morte da própria filha. Da única filha. Carruagens negras anunciariam que Rosalie Lillian Hale não voltaria nunca mais. Que toda a vida que eu planejara, ter filhos e envelhecer ao lado de meu marido não poderia mais acontecer. Que eu estaria morta. Morta enquanto lia sobre eu mesma. Morta enquanto Royce fora inocentado. Morta enquanto meus pais choravam. Morta enquanto eu me tornava um monstro sanguinário. E viva enquanto séculos de lembranças se passavam.

Na verdade, era pior. Eu não estava morta. Nem viva.

E tudo isso me fez pensar em por que essa Bella, queria jogar fora, o que eu mais queria de volta. Fui fazer uma outra pesquisa, em outro lugar. A casa dela.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Abertura de Vampire Diaries feita por fãs!

Isso mesmo!!! Fãs fizeram uma abertura para Vampire Diaries, e está tão bem feita que parece oficial! Pena que a série não tem abetura... Olhem só:

Lançamento de Diários do Vampiro: A Fúria


Oi gentee! E aí, o que acharam do novo template do blog? O tema atual do blog é Vampire Diaries, uma série de livros (Diários do Vampiro) muito legal e que a cada dia está conquistando mais fãs. Vampire Diaries é também um seriado que passa na Warner toda quinta-feira, às 21:00. Vale a pena vocês assistirem!

Outra coisa legal dessa série é que no dia 8 de março será lançado aqui no Brasil o terceiro livro da saga, Diários do Vampiro: A Fúria. Ele já está em pré-venda em vários sites e livrarias, e se você comprar no site da Saraiva ainda ganha de brinde uma camiseta! Vejam só a capa:

Russet Noon - Capítulo 02: A Festa de Renesmee

Uma miríade de luzes coloridas explodiu no céu acima de La Push quando os fogos de artifício começaram. Excitação encheu o ar todo em nossa volta. A praia estava cheia com recém-chegados, muitos deles carregando câmeras para tirar fotos do espetáculo iluminando o céu da noite. Além do povo Quileute, muitos turistas de países do mundo inteiro e visitantes de outros estados também viriam para se juntar à celebração todo verão.
Todo mundo se reuniu em grupos em volta das fogueiras, onde os anciões Quileute faziam performances de danças tradicionais e cantavam mantras antigos para a terra. A minha parte favorita era o sagrado rufo do tambor. Velho Quil Ateara disse que isso tinha o propósito de pôr os bailarinos em um transe para que eles pudessem receber visões dos antepassados.
Velho Quil Ateara era o ancião que tinha vivido mais tempo entre a nossa gente, então todos nós tínhamos por ele uma grande reverência. Ele era um homem velho sábio,com muitos segredos. Na verdade, a maior parte do que Sam sabia sobre o oculto conhecimento Quileute tinha vindo do Velho Quil.
Eu não sabia muito sobre essas verdades secretas, porque eu ainda era considerado indigno de confiança. Ainda tinha que me provar como um alfa verdadeiro aos olhos dos anciões que guardavam esse conhecimento. Mas podia dizer que o que quer que eles soubessem lhes davam grande poder para ganhar os sentimentos das pessoas em sua volta.
Eles pareciam estar rodeados de um campo de eletricidade que, somente olhando suas silhuetas se movendo em círculos em volta do fogo, você era imediatamente atraído.
O som mágico do rufo do tambor sagrado afetava todo mundo lá. Funcionava em qualquer um que viesse para perto dos que o tocavam, não apenas nos Quileutes. Não importa qual a cor de sua pele ou sua cultura, todo mundo que nos visitava caía no feitiço quase imediatamente. Parecia com uma língua universal que unia a todos nós. Algumas pessoas ririam, outros chorariam, enquanto os outros apenas olhariam como se estivessem assistindo a um show de aberrações.
A prática tinha sido passada de geração para geração desde que os Espíritos Guerreiros tinham visto o que estava além do mundo dos vivos. É onde eles aprenderam todos os segredos que hoje chamamos de o Oculto Conhecimento Quileute.
Verifiquei meu celular para ver se Bella tinha ligado, mas não tinha. Senti a inquietude se acumulando na boca do meu estômago, então me esforcei para aproveitar os fogos de artifício, mas não podia tirar a nossa última conversa da minha cabeça, especialmente depois do ataque psíquico que eu tinha sofrido.
Afinal, sabia que Edward poderia ler os meus pensamentos, mas apenas se ele especificamente fizesse questão para sintonizar neles. Ele poderia ter estado sintonizado aos pensamentos de outra pessoa na hora que aconteceu, e, se ele esteve, então ele teria perdido tudo.
E ainda assim não podia evitar de me perguntar porque Bella tinha me ligado três vezes em uma hora, e não apenas em um tempo qualquer, mas precisamente durante a hora que eu tinha estado inconsciente.
Olhei em volta de mim e vi Leah e Embry em algum lugar na multidão, dançando. Eles não estavam nem se tocando, mas eu podia dizer pelo modo que se olhavam nos olhos um do outro que talvez eles estivessem apaixonados.
O que eu, de todas as pessoas, sabia sobre o amor? Com certeza não podia negar que eu normalmente conseguia uma quantidade decente de atenção feminina, mas meus sentimentos por Nessie sempre me retinham. Eu era destinado a permanecer virgem, pelo menos até que Nessie fosse velha o suficiente para ficar comigo.
Era confuso pensar em Nessie desse modo, sabendo que ela completava apenas cinco anos esse ano. Em anos humanos, ela tinha cinco, mas em anos de vampiro, ela já era uma adolescente totalmente desenvolvida, curvas e tudo.
Me sentia em conflito, para dizer o mínimo, e por essa razão, minha amizade com Bella tinha se tornado mais forte no momento que Nessie nasceu. De alguma forma senti que apenas Bella entendia como me sentia sobre sua filha.
Edward tinha sido bastante sossegado com isso também, mas ele e eu nunca poderíamos ser amigos próximos.
Afinal, Bella e eu tínhamos nos beijado uma vez – há muito tempo, quando eu era estúpido bastante para pensar que era apaixonado por ela. Não pude ter estado mais errado todo esse tempo. Bella era a esposa de Edward, e sempre seria. Quanto a mim, eu era destinado para estar com Nessie um dia.
Ainda assim, não podia evitar de sentir que cada vez que estava perto de Bella, era uma situação constrangedora para Edward ter de aceitar.
Não podia me queixar de Edward. A atitude dele em direção a mim tinha ido do ódio ao respeito, e até talvez um pouco de lealdade, por ter ficado ao lado de sua família contra os Volturi.
Sempre cavalheiro, Edward sempre foi muito educado e amistoso comigo desde então. Mas havia muitas vezes um tom realmente sutil de animosidade que os olhos deixavam escapar quando eu estava em qualquer lugar perto de sua esposa.
Isso é provavelmente parte da razão porque os Cullens se tinham mudado para o Canadá. Bella nunca admitiu, mas algo me disse que ela era bem consciente dessa preocupação corroendo a fachada de mármore fria de seu marido.
Eu mesmo nunca ousei trazer isso à tona também. Imaginei que era sortudo o suficiente por ser permitido visitar Nessie uma vez por mês até que o tempo para estar com ela para sempre chegasse.
A minha consolação cada vez que o desejo batia em mim com força era ligar para Bella e descobrir como Nessie estava. Às vezes Bella deixaria Nessie vir ao telefone, mas nem perto das muitas vezes como eu esperava, sobretudo quando Edward estava em casa.
Edward tinha aceitado o fato que eu tinha sofrido um imprint com filha dele, pelo menos até certo ponto, mas ele tinha estabelecido limitações na nossa amizade. Algo sobre ele querendo deixar Nessie ter uma infância “normal” antes que ela despertasse para as tentações do amor romântico.
Tanto faz. Ele era o pai. Eu tinha de obedecer a suas regras não importa o quanto doía estar longe dela. Enquanto eu cavava meus pés descalços na areia, a inquietude veio gritando pelas minhas entranhas de novo. E, apenas segundos depois, percebi que tinha sido uma premonição.
Meu celular vibrou dentro do meu bolso, enviando um frio súbito de cima para baixo na minha espinha. Era uma curta mensagem de texto de Bella. “Estamos aqui,” ela dizia.
Apenas tive tempo o bastante para terminar de ler quando os vi. Parecendo perfeitamente esculpidos e pintados como esculturas, os Cullens fizeram sua grande entrada.
O meu batimento cardíaco acelerou no momento que os meus olhos encontraram Nessie. A aniversariante estava aqui, e a festa apenas tinha acabado de começar.
Antes de ver Nessie pela primeira vez, eu pensava que toda essa idéia de imprinting fosse um mito estúpido, uma epidemia irritante que havia infectado quase metade dos caras do bando. Mal sabia eu no momento que também seria sugado por esse furacão. Agora eu entendia porque Quil, neto do Velho Quil Ateara, não namorava nunca. Como eu, Quil havia sofrido imprinting com uma garotinha e agora estava preso tendo que esperar até ela crescer.
Claire, a garota com quem Quil teve a impressão, tinha oito anos de idade, quase nove. Ela era sobrinha de Emily, e Quil estava nas nuvens por ela, só que como um irmão mais velho, pelo menos por agora.
Claro que a situação dele era bem diferente da minha. Claire era completamente humana, então, sem confusão aí. Ela realmente aparentava a idade que tinha, e ainda era muito inocente para perceber o que a adoração de Quil ultimamente significava. Como resultado, Quil achou fácil ficar perto dela sem potencialmente ofender os pais dela.
Queria poder dizer o mesmo sobre Nessie e eu. Estar perto dela era um grande alívio de certa forma, também me enchia de culpa e me fazia sentir como um completo anormal.
Eu podia ver nos olhos dela que ela também estava atraída por mim. Mas, ao invés de facilitar para mim, saber da atração dela me fazia sentir dividido entre duas forças opostas, e igualmente fortes. Simplesmente não sabia como me comportar perto dela, ainda mais quando Edward estava próximo.
Desespero silencioso era a melhor forma de exemplificar. Com minhas mãos suando, dei alguns passos na direção deles. Evitei o olhar examinador de Edward. Eu sabia que ele estava intencionalmente focado em ler cada pensamento meu, então fiz um grande esforço para pensar em batata frita, ou algo bobo assim.
Sabendo que minha estratégia o aborreceria imensamente, segurei uma risada e tentei pensar sobre coisas ainda mais absurdas, como uma árvore de Natal falante ou um gato louco, correndo em círculos, tentando morder o próprio rabo.
Jasper e Emmett, os dois irmãos vampiros de Edward, deram um passo a frente de forma protetora e pararam imóveis, um de cada lado de Edward. Juntos, os três lançaram olhares de aviso para mim, me encarando como se estivessem dispostos a acabar comigo se eu passasse dos limites.
Você não tem com o que se preocupar, pensei, conscientemente projetando meus pensamentos em suas mentes, e bem ciente de que Jasper captaria minhas emoções e temperamentos com exata precisão. Ela é apenas uma criança para mim.
Eu posso não ser vidente em minha forma humana, mas, tem uma coisa que me tornei muito bom desde que comecei a lidar de perto com os Cullens. Me tornei um especialista em ler sua linguagem corporal.
Não importa quão sem expressão ou inflexível eles podem parecer aos outros, eu ainda podia perceber como eles se sentiam com relação a mim. Não confiavam em mim. Isso era claro, mas eu não ousaria confrontá-los, pelo bem de Nessie.
O primeiro a falar foi o Dr. Carlisle Cullen, pai adotivo deles e líder do clã. “Olá, Jacob,” ele disse com um sorriso que pareceu sincero.
De todos os homens na família, o que sabia como quebrar o gelo nas situações mais constrangedoras era Carlisle. Dando um passo a frente de seus garotos, ele apertou minha mão, um largo sorriso em seu rosto o tempo todo. Ele realmente parecia feliz em me ver.
Eu não poderia descrever quão aliviado me senti ao descobrir que Carlisle não me achava uma ameaça. Honestamente queria me dar bem com eles, de verdade. Tudo por Nessie. Meu compromisso para com ela era tão real para mim que queria que ela fosse feliz a qualquer custo.
Como eu suspeitava, a próxima a se aproximar de mim foi Alice, irmã de Edward. De acordo com as lendas Quileutes, cada vampiro supostamente tem um super poder. O seu era a clarividência. Ela frequentemente tinha visões do futuro. Sempre a mais alegre das mulheres Cullen, Alice era também a mais faladeira. “Oi, Jake, onde estão seus sapatos?” ela perguntou com sua habitual voz de fada.
Depois que Alice me deu um abraço, Bella e Nessie vieram em minha direção. Eu desejei tanto poder abrir meus braços e abraçar a ambas, mas, ao invés disso, me controlei e permaneci parado, tentando mostrar a Edward que não tinha intenção de desrespeitar sua família.
Contudo, enquanto Bella lia meu gesto claramente, e limitou sua saudação a um aceno e uma piscadela, Nessie não podia se importar menos com o que sua família pensava. Parecendo uma deusa em um vestido de verão, ela se jogou em meus braços e se apertou contra mim.
Eu imediatamente me afastei, o desespero quieto prestes a explodir em meu peito. A meus olhos, a beleza de Renesmee era sobrenatural, mas estes pensamentos eram proibidos para mim. Pense em batatas, pense em batatas, repeti para mim mesmo, tentando ignorar Jasper e Emmett, que estavam com dificuldade em manter a cara séria enquanto me observavam. Ah, bom, era melhor fazê-los rir que lutar com eles, raciocinei.
Foi horrível decepcionar Nessie. A última coisa que queria era magoar seus sentimentos, mas com Edward lá, eu estava andando em gelo fino. Meu único consolo era a lealdade de Bella comigo. Em algum lugar dentro de mim, eu confiava que ela me ajudaria.
Esme, esposa de Carlisle, deve ter notado como eu estava me sentindo podre por me afastar do abraço de Nessie, porque ela veio até mim e descansou sua mão em meu ombro. “É muito bom vê-lo, Jake.” Seus olhos cintilando afeição maternal, ela sorriu para mim e levemente beijou minha testa.
A única que mantinha distância era Rosalie, a outra irmã de Edward, que permanecia no fundo, o tempo todo me dando o mesmo olhar de aviso que seus irmãos. Mesmo ela não sendo exatamente a minha pessoa favorita, Rosalie amava e protegia Nessie como se ela fosse sua própria filha. Só por isso, ela tinha meu respeito. Ela era uma tia dedicada, então, toda vez que sentia tentação de odiá-la, eu tentava vê-la pelos olhos de Nessie.
Eu preferia chamá-la de Loira do que Rosalie. Ela era bem difícil. Ouso dizer que ela amava Nessie tanto quando ela não gostava de mim. Eu podia ver que ela odiava a idéia de Nessie namorar comigo algum dia, mesmo que nunca tenha dito uma palavra sobre isso.
Não que falasse comigo de qualquer forma. Na maior parte do tempo, quando ela não estava me encarando como adagas, ela fingia que eu nem estava lá. O bom disso é que era mais fácil de tolerá-la quando ela me ignorava, porque eu podia apenas ignorá-la de volta.
Hoje a noite, ela decidiu me notar, mas só para me lembrar do quanto ela me desaprovava. Enquanto tentava me libertar do seu olhar travado comigo, notei que Nessie foi ficar ao lado dela.
Por um segundo, as duas me olharam, e pensei ter visto ressentimento nos olhos de Nessie. Infelizmente, conhecia aquele olhar muito bem, tendo crescido com duas irmãs. Ou eu estava sendo muito paranóico, ou a Loira esteve fazendo lavagem cerebral em Nessie para afastá-la de mim.
Afinal, eu que tive sofri um imprinting com Nessie, e não o contrário. Quando um lobisomem tem um imprinting com alguém, ele será completamente comprometido à essa pessoa enquanto ele viver.
Porém, não era sempre o mesmo para a outra pessoa. Imprinting não podia tirar o livre arbítrio de ninguém. Nessie sempre teria uma escolha, e a Loira sabia muito bem disso.
Eu nem queria imaginar o que seria de mim se Nessie escolhesse outra pessoa quando a hora chegasse. Esse pensamento era doloroso demais para considerar, então eu apenas o afastei para continuar são.
Só então, ouvi a voz de Leah chamando atrás de mim. “Alice!”
“Oi, Leah!” Alice respondeu com a mesma animação.
Duas garotas que deveriam ser inimigas naturais – Alice por ser vampira e Leah por ser lobisomem – tinham na verdade se tornado grandes amigas nos últimos anos.
Olhei por cima do meu ombro e vi Seth e Leah se aproximando. Seth sempre foi amigável com os Cullen, mas tinha demorado um pouco de tempo para Leah se aproximar deles. Isso até que Alice conseguiu de alguma forma deixá-la animada com planejar festas. Daí em diante, a atitude de Leah com os Cullens mudou para sempre.
“Bem-vinda novamente.” Leah saudou Alice com um abraço, e então foi abraçar o resto da família.
Seth também estava muito animado em vê-los, mas isso não era novidade. Todos gostavam de Seth, e o bando o apelidou de Pomba Branca, por ser o único pacifista entre nós.
“Vamos, pessoal,” Seth disse, “os anciões estão esperando.”
Meu pai Billy e o Velho Quil convidaram Carlisle e Esme para sentar perto deles na cabeça do circulo. Sam e o Heremita Vendado também foram chamados a se sentarem perto dos anciões junto com o pai de Bella, Charlie, e Sue Clearwater, mãe de Seth e Leah.
De acordo com as tradições Quileute, era uma grande honra sentar próximo aos anciões, e apenas os que haviam conquistado uma posição de liderança eram convidados a se juntar.
Eu, também, algum dia, seria reconhecido como um líder, mas, nesse momento, eu não tinha muita certeza se queria a responsabilidade.
Junto com o restante dos Cullen, sentei com Seth, Embry e a namorada de Sam, Emily. Formamos um circulo ao redor da fogueira, enquanto os outros garotos do bando, Paul, Quil e Jared estavam em algum lugar na multidão, assistindo os fogos de artifício com suas garotas.
Edward sentou ao lado de Bella, as costas dele encostadas contra uma pedra, enquanto Bella contemplava silenciosamente as chamas dançando a sua frente. Enquanto a madeira queimando crepitava, e a fumaça levantava em direção ao céu, os olhos de Bella pareciam se movere junto com as pequenas centelhas que voavam em todas as direções.
Eu podia dizer que algo a estava incomodando. Ela não precisava me dizer. Tinha certeza de que tinha haver com a ligação dela. Outra coisa que estava me preocupando era o tom de sua pele. Parecia tão pálido que era quase cinza. Deveria ser normal para um vampiro, mas nenhuma das outras mulheres Cullen parecia tão cadavérica e doente quanto Bella.
Com todo mundo meio pra baixo, ninguém dizia muita coisa, exceto Leah e Alice que continuavam a falar e falar de designers de moda em Seattle.
“Falando em Seattle,” Leah anunciou de repente, “você devia ver o que eu trouxe de lá para você, Nessie.”
Abrindo seus olhos amplamente, Nessie se levantou num salto da cadeira de jardim onde estava descansando e bateu as mãos de excitação. “Quero ver. Onde está?”
“Na casa da minha mãe,” Leah respondeu.
“Mamãe,” Nessie disse para Bella, “posso ir até a casa da Sue, por favooooor?”
Antes que Bella pudesse responder, Alice cantarolou, “Eu vou com elas.”
“Eu também,” Rosalie adicionou.
Bella trocou olhares com Edward, provavelmente projetando seus pensamentos na mente dele.
Edward moveu seus ombros e acenou indiferente. “Claro, não vejo por que não.”
Enquanto as quatro garotas deixavam o círculo, me veio a idéia de que Seth deveria ir com elas apenas para estar seguro. “Seth”, eu murmurei.
“Huh?”
Lhe dei um aceno. “Vá com sua irmã.”
“Deus, Jake, Leah sabe como se cuidar.”
“Sim, mas todos estão na praia no momento e já está escuro. Vá com elas, Seth.”
“Você me deve uma.” Chutando um pouco de areia pro meu lado, Seth levantou e foi atrás das meninas.
Essa era a oportunidade perfeita para que eu conversasse com Bella, mas primeiro teria que passar por Edward. Inventei uma desculpa para chamar a atenção de Edward no exato momento que estava tirando um grande pedaço do meu bife. “Edward”.
“Sim?” Ele perguntou, olhando para o sangue pingando da minha carne mal-passada.
“Com fome?” Mordi outro pedaço suculento e ofereci a ele um pedaço, mesmo sabendo muito bem que vampiros nunca comem.
Ele balançou sua mão e disse, “Não, obrigado,” então sorriu, como se eu tivesse acabado de falar algo engraçado.
“Então, Edward,” comecei casualmente, “Bella me disse que vocês dois tem aprendido dança de salão.”
Caindo exatamente na minha, Edward sorriu orgulhoso e se gabou, “Estou levando ela para Argentina no verão para aprender tango. Não é, meu amor?” Ele mal olhou para ela enquanto dizia isso.
“Pensei que você havia dito Brasil primeiro,” Bella respondeu.
Nesse momento pulei na chance. “Você não importaria se ela me ensinasse alguns passos. Se importaria,Edward?”
Edward sorriu completamente confidente, nem sequer um pingo de ciúmes em seus olhos. “Nem um pouco. Mostre à ele o que você tem, amor.” ele disse à Bella enquanto beijava sua mão.
Ofereci minha mão para ajudá-la a se levantar, mas antes que eu soubesse, ela já estava parada ao meu lado.
“Certeza que você quer fazer isso?” ela perguntou com um sorriso confiante como se estivesse a ponto de arrasar.
“Positivo.” A tomei em meus braços, e de repente ela começou a mostrar alguns passos de dança de salão impressionantes.
Bella como vampira era bem diferente da atrapalhada garota humana que antes se mudou para Forks, antes que se formasse na secundária.
Antes que Edward a mudasse.
Como vampira, ela agora se movia com grande precisão e elegância. Ela se tornou bem exigente com seu cabelo, maquiagem, sapatos e roupas. Em seu próprio jeito imortal, ela parecia uma super modelo.
“Você disse que precisava falar comigo,” a lembrei.
“Primeiro, quero que você saiba que já tomei conta de tudo, ok?”
Ok era o oposto do que ela estava falando, mas entrei na dela. “Ok.”
Ela engoliu em seco e me olhou. “Edward quer mandar Nessie para a Europa.”
As notícias me acertaram tão forte que congelei por alguns segundos. “Europa.” Repeti sem pensar.
“Paris,” Bella adicionou.
“O que diabos está em Paris?” Minha raiva explodiu de mim sem aviso. Eu estava perdendo a cabeça.
“A Oculta Escola de Vampiros.”
Eu sabia que não tinha ouvido mal. Meu super sentido de audição nunca tinha me falhado, mesmo em forma humana. “Jesus,” respirei, balançando minha cabeça. “Odeio te perguntar isso, Bells, mas o Edward pirou total?”
“Ele diz que ela estará a salvo lá.”
“A salvo de que?”
“Dos Volturi,” foi sua resposta. Ela não estava brincando.
“Por que ele está tão paranóico?” E então acordei. “Bella,” Eu disse,segurando seu olhar. “Tem alguma coisa acontecendo que você não está me contando?”
Ela balançou a cabeça. “Não estou tentando esconder nada de você. Estou te dizendo tudo.”
Eu sabia que ela estava sendo honesta, mas ainda tinha de testá-la. “E você está falando que tem tudo sob controle?”
“Não preciso de sua ajuda, se é isso que está tentando me dizer.” Ótimo, agora ela está na defensiva.
“Os Volturi já fizeram algo?” Tinha de perguntar.
“Não.” E então ela adicionou. “Ainda não.”
“Ainda não?” eu disse chocado.
“Você quer a verdade, estou te falando a verdade. Eles ainda não fizeram movimento.”
“Então porque Edward está com tanto medo por Nessie?”
Seus olhos lacrimejaram um pouco. Um sofrimento de mãe nos olhos de Bella que eu nunca havia visto antes. “Ela não tem autocontrole.”
Não queria trazer o assunto à tona, mas não conseguia lutar contra a vontade de perguntar. “Ela já matou humanos?”
Bella evitou meus olhos. “Jake.”
Peguei ela pelos ombros. “Responda minha pergunta.”
Ela balançou a cabeça, então explodiu. “Não sei ainda, ok?”
“Mas você suspeita que ela tenha, não é?”
Ela finalmente soltou. “Edward suspeita.”
Agora era eu quem estava engolindo seco. Com certeza não vi isso chegando. Fechei meus punhos. “Ele está enganado.”
“Não sabemos nada ainda com certeza”, Bella insistiu.
“Ela é sua filha, você deveria acreditar nela.” eu estava tão perdido, não sabia nem o que eu estava dizendo.
“Jake, isso é tudo o que tento fazer, mas… -”
“Você me pediu pra me afastar dela. Foi você quem me convenceu a esperar até ela ficar mais velha.” Eu mesmo não entendi porque a estava punindo daquele jeito. Ela só estava tentando me contar a verdade, e tudo o que pude fazer foi colocar a culpa nela.
Mas ela obviamente se sentia culpada porque ela continuava tentando inventar desculpas. “Edward e eu apenas queríamos que ela tivesse uma infância normal.”
De repente, eu fui apanhado neste argumento com ela e não achava uma saída. “Escute voce mesma, Bella. Normal? Como a criança da América do Sul que matou a mãe dele no parto? Como ele?”
“Nessie não é como Nahuel.” ela protestou.
“Ela é meio-vampira, meio-humana, exatamente como ele.” Eu não podia evitar de ser duro.
Assim, como eu deveria ter esperado, ela atirou novamente de volta pra mim. “E ela teria se tornado tão diferente se nós não tivéssemos te pedido que se afastasse, certo?”
O golpe me incapacitou por um momento, mas eu merecia. “Eu nunca disse isto,” foi a melhor defesa que eu consegui arranjar .
“É culpa de todo mundo,” ela disse em um tom apagado, enquanto soltaava sua última respiração. Minhas palavras a tinham ferido também.
“Nessie não matou nenhum humano. Vamos ficar assim.” Me sentia confortável deixando isso em negação.
Mas Bella não iria me deixar nisso. “E se ela matou?”
“Bella!” eu protestei.
“Edward pode estar certo. Ele diz que dois anos em Paris a ensinará auto-disciplina, além disso… os Volturi não podem tocar nela se ela estiver lá.
“Os Volturi exigem evidência para acusar. Se não há nenhuma evidência do crime dela, então ela é inocente.”
“Jake, não posso acreditar que você seja tão cego.” Até ela podia ver, mas não me importei.
“Então você acredita nisso também? Você acha que Edward tem motivo para suspeitar?”
“Não, não é isso, Jake, eu… -”
“Então o que?”, eu insisti.
“Ela tem sonambulado de noite. Nós perdemos seu rastro por várias horas e por mais de uma vez, feliz agora?”
Ótimo. Eu não tinha me recuperado do primeiro golpe ainda, e agora ela me joga mais. “Por que você não me disse isso antes?”
“Eu estava tentando, mas você não me deixava falar”
“Você deveria ter ficado em Forks, Bella. Perto da reserva, onde o bando pode proteger Nessie e toda sua família.”
“Os humanos estavam começando a suspeitar.” Ela não iria ceder facilmente.
“Ah, então se ela atacar um humano no Canadá, eles não vão perceber?”
“Não se Rosalie estiver com ela, não perceberão. Rose é uma especialista em apagar evidência.”
Fiquei em choque. “A loira está no meio também?”
“Nessie não deixa mais ninguém tomar conta dela.”
“Mas você é a mãe dela.”
Ela encontrou meu olhar, e notei que seus olhos estavam além de preto, com fome. Ela não tinha caçado, eu tinha certeza. Isso explicaria porque ela parecia muito mais como um cadáver do que qualquer um de seus companheiros vampiros. A sede por sangue humano a estava matando também. “Não é tão simples assim,” ela finalmente disse.
Coçei minha cabeça em descrença. “Ela não gosta de sangue animal?”
“Você renunciaria completamente carne para comer apenas vegetais, Jake?” Ela tinha um ponto.
“Sim, mas,” Uma risada escapou acidentalmente, como o que eu estava a ponto de dizer era totalmente óbvio. “Estamos falando de humanos aqui.”
“Edward matou humanos quando acabava de ser transformado.”
Senti um enjôo em meu estômago, mas eu tinha que perguntar o inevitável. “Você matou?”
Ela não tinha, eu podia dizer. “Não”. Ela balançou sua cabeça.
Todo esse tempo, eu estava tão focado em nossa conversa que não tinha reparado o que estava acontecendo à nossa volta. Eu estava tão confuso, tentando entender tudo, que não ouvi as vozes que nos chamavam. Então, de repente, ouvi uma comoção vindo do círculo onde os anciões estavam se sentando com os Cullen.
Bella congelou no lugar, assim agarrei sua mão e a puxei junto comigo para o círculo.
Na hora que chegamos lá, Jasper estava gritando “Alice, Alice!” Seus olhos selvagens estavam com o que apenas poderia descrever como loucura, ele se jogava violentamente como se estivesse tendo um ataque epilético. Ele estava fora de si e ninguém sabia o por quê.
Carlisle e Emmett lutaram para contê-lo, mas eles pareciam estar tendo muita dificuldade para conseguir tranqüilizá-lo. Ele estava totalmente fora de si mesmo.
“Alice está em problemas,” Edward disse a Bella e a mim. “Jasper está agora mesmo sob a influência do humor dela. Algo está realmente errado.”
“Nós temos que ir lá. Ela está com a Nessie.” Eu nem tinha terminado de falar, quando ouvi alguém chamando meu nome.
Era Seth. “Jake!” ele chamou de longe. Ele tinha saído da casa de Leah para vir nos avisar.
“Por que você deixou as meninas sozinhas?” Eu lhe perguntei.
“É Alice, não é?” Edward perguntou a Seth.
Seth acenou com a cabeça sem dizer uma palavra.
“Pensei que você pudesse ouvir os pensamentos dela,” reclamei para Edward.
“Eu não estou ouvindo nada. É como se ela estivesse inconsciente agora,” foi a resposta de Edward.
O heremita veio até nós, sua voz tremendo. “Me leve até ela.”
“O que está acontecendo com eles?” Eu perguntei, ainda confuso.
Mas Bella me interrompeu. “Não temos tempo para perguntas, vamos.” Ela agarrou uma motocicleta que estava estacionada na praia e saltou em cima, então ela foi para a casa de Leah.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sol Poente - Capítulo 03: Apoio

Estranho, foi o primeiro dia em que “eles” foram juntos para a escola. Todos que ali se encontravam pararam tudo o que estavam fazendo para ve-los. Até o nosso professor de biologia. Este último somente eu vi.

Só para constatar: Essa tal de Bella conseguiu Edward(e ela nem é tão bonita assim), ela quer se tornar vampira só por causa “dele”, e ela, é amiguinha dos quileutes. Perfeito. E eu nem faço ideia de como “aula de biologia cheiro” se transformou nesse “lindo romance”. E aquela garota era tão desajeitada! Parecia que cada segundo era uma nova oportunidade de cair.

Alice, minha querida irmã que prevê o futuro, hoje, me deu a feliz notícia que a viu “aquela garota”aqui, na nossa casa. Todos eles quase pulavam de alegria. Certamente, isso é algo que eu nunca entenderei.

Na madrugada, lá pelas quatro horas,eu fui sozinha para a clareira, que fica bem perto de onde moramos. Tentando entender, por que nem o Emmett me apoiava . Por que ninguém via, que pelo menos essa vez, quem estava com razão era eu. Por que ninguém via que eles estavam entrando em uma situação que seria prejudicial para toda a família. Precisava de alguém que me ouvisse. Precisava de alguém que me desse respostas. Precisava de... Alice.

Corri de volta para casa. Subi as escadas com pressa; levei uma bronca de Esme; andei pelo corredor. Já sem fôlego, abri as portas do quarto dela. Para a minha surpresa, apenas Jasper estava lá. Ele me disse, muito rudemente, que não fazia ideia de onde ela estava, mas que o pediu que me entregasse alguns DVDS. Eu peguei-os e fui para o meu quarto, guardá-los. Quando cheguei lá, encontro Alice mexendo no meu guarda roupa:

- Rosalie Cullen!!! - ela falou, mais alto do que o normal. Seria incapaz de gritar- Você sabia que aqui existem algumas roupas que já foram usadas mais de duas vezes!?

- Sei Alice... O que você está fazendo aqui? - Eu perguntei

- Sabe, Rose - ela falou em um tom mais delicado- é que eu previ essa conversa, e vim direto para cá, mas agora vejo que você passou primeiro pelo meu quarto - agora, ela olhava para os DVDS em minhas mãos- Mas não vi exatamente o que você quer...

- Alice... Você acha que, o pessoal está zangado comigo por causa da minha opinião sobre a Bella? Por que ninguém fala mais comigo direito, ninguém! O Edward sempre foi assim, mais, o Jasper, a Esme, o Carlisle, e o Emmett só fala “bom dia”. Ele ainda corre, e faz tudo normalmente, só que ele sempre fala “acho que você não vai gostar”, ou “já viu se a Alice não quer fazer compras? Você tem roupas que já foram usadas mais de duas vezes, e...”

- Isso é verdade! - Ela me interrompeu - E por que você não me chamou para fazer compras??? O seu armário realmente precisa de uma reforma.

- E como eu estava dizendo... - Fui eu que a interrompi dessa vez - O que você acha? Eles vão continuar assim, comigo?

- Eu acho que ninguém vai continuar assim contigo, não por muito tempo. Segundo, o Edward está super zangando porque o Emmett ainda acha um absurdo que ele possa querer se envolver com uma humana, o que prova que se ele tem algum motivo para não falar com você, com certeza não é a Bella. E terceiro que a Esme vai preparar um cachecol lindo para você, ainda hoje, com uma lã que ela achará, eu acabei de ter uma visão sobre isso, o que prova que nem ela nem Carlisle vão estar zangados contigo, já que ele não tem força o suficiente para discordar dela, e o Jasper tem o mesmo problema do Carlisle, só que ele não discorda comigo. Então agora está tudo bem?

- Alice... Você consegue ver a cor do cachecol que a Esme vai me dar?

- É vermelho.

- Eba!!! Mas Primeiro você sabia que essa tal de Bella é amiga dos quileutes? Isso pode ser perigoso.- Meu tom de voz mudou rapidamente- O que você acha? Consegue ver se isso vai nos causar problemas?

- Eu acho que simplesmente eles vão parar de ter contato. Mas minha única visão é que não agora, mas em um futuro mesmo bem. Agora a gente pode falar de coisas agradáveis? Uma observação quanto ao seu cachecol: ele vai ter strass. Mas agora, vejo Edward sofrendo, no futuro. Devemos ter muito cuidado com nós mesmos. Para o nosso próprio ter bem. E tem algo no seu cachecol que...

- Ele vai ter franja??? - perguntei. Afinal, eu adoro cachecóis e echarpes - E a Esme vai colocar perfume, como no último??? Por favor, Alice faz um esforço para ver!!!

- Não precisarei- ela disse, firmemente - Logo nós vamos descobrir

A profecia de Alice foi seguida de gritos histéricos clamando pelo meu nome. Descemos correndo. Sim, tinha tudo!!! As franjinhas, o strass, ele era vermelho... E tinha mesmo perfume!!! Mas então me ocorreu um pensamento que eu nem imaginara.

- Esme, pessoal, isso é suborno?

- Não!- disseram todos em coro. Depois todos nós começamos a rir.

Estava no bosque quando Alice chegou de repente. Ela me perguntou:

- Rosalie, nada me lembro da minha vida humana, e a sua história me fascina... Pode me contar? Novamente?

Eu contei para ela. Novamente. Depois e um longo silêncio, ela voltou:

- E o que disseram... Da sua morte?

O que me assustou não foi o fato de ela ter rompido o silêncio de forma tão abrupta. Foi o fato de que não poderia responder a sua pergunta.