sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Conto de Ano Novo: O Desejo de Stevie

Logo que terminei a postagem abaixo, me veio uma inspiração do além... Abri rapidamente um novo documento no Word, e escrevi o conto abaixo. É sobre o Ano Novo de uma garota, Stevie, que faz um desejo ao ver uma estrela cadente... Eu a a criei, ou seja, não copiem, ok? ;)

Eu adorei essa história, e não deu pra reler, ou seja, por favooor, me avisem dos erros, tá?

Espero que gostem, e comentem, mesmo sendo apenas um "Oi, eu gostei!", como presente de Ano Novo (:

- Lucas.


Stevie virou sua cabeça para o céu, e viu uma estrela cadente. Ela nunca tinha visto uma antes, mas sabia que, ao enxergá-la atravessando o céu, devia fazer um desejo, antes de ela desaparecer de vista.

E foi isso que Stevie fez. Concentrou-se no ponto de luz que atravessava o céu estrelado, e pediu. Era um desejo simples, mas, por ser um desejo, ainda não havia acontecido. Stevie falou, ou melhor, implorou, com sua voz baixa, o Desejo.

Stevie terminou seu desejo assim que a estrela caiu ao horizonte, e passou as mãos em seus cabelos longos e loiros, fazendo uma trança.

Ela estava no topo de uma colina, nas proximidades de sua casa. Era véspera de Ano Novo, e ela tinha um pressentimento que esse ano seria melhor do que o anterior. Tinha que ser. Stevie estava descalça, seus pés sentindo a terra úmida do caminho que a levava de volta para sua casa.

- Stevie, venha já para casa dar comida para seu irmão! - Stevie escutou sua mãe lhe chamando, como sempre, para ajudá-la com o pequeno Peter Johnson. Ela não sabia onde a mãe estava com a cabeça ao escolher o nome dele. Peter Johnson? Por favor, apesar de ser um nome bonitinho, não era de uma pessoa comum.

A garota não respondeu, pois já estava chegando em casa. Abriu a porta da frente, e deparou-se com o cenário que via o ano todo. Nenhuma decoração especial para essa data especial. Era como se fosse um dia comum, não havia a alegria e felicidade que uniam todas as pessoas do mundo nessa virada de ano.

Ninguém se vestiria de branco.

Nem mesmo Stevie.

Não que ela não quisesse, ela realmente queria comemorar essa data como todas as pessoas do mundo, espalhando alegria por onde passavam. Mas ela não tinha roupas brancas.

Já era tarde, mas se ela não agisse, esse ano ia acabar sendo como o anterior. Ela sempre ouvia falar que, se a pessoa estivesse triste à meia-noite dessa data, ficaria triste pelo ano inteiro. E não era isso que Stevie queria.

Saiu correndo pela porta, gritando à mãe que já voltava, e deixando o irmão esperar por sua comida.

Foi correndo, e duas quadras depois já estava praticamente no centro da cidade.

Lá estava tudo alegre. Pessoas andavam pelas ruas, comprando coisas de última hora. Tudo brilhava - resquícios da decoração de Natal. As árvores brilhavam em tons de branco, como se estivessem iluminadas por algo novo. Suas luzes eram refletidas no rio que atravessava a cidade, e Stevie tinha certeza que aqui fora estaria muito mais alegre que em sua casa.

Ela foi até a primeira loja de roupas que viu, mas não tinha roupa branca alguma. Procurou por toda a cidade, mas não encontrou. Até que encontrou um vestidinho azul claro super simples, e comprou, já tendo uma ideia. A vendedora disse que o modelo original era branco, e que esse era apenas um teste...

Como em desenhos animados, Stevie imaginou uma lâmpada se acendendo sobre sua cabeça.

Ela já sabia o que ia fazer.

Nem esperou a vendedora colocar o vestido de um tecido leve na sacola, após pagar, correu em direção a lavanderia.

Logo que chegou, pediu ao garoto - mais ou menos de sua idade, cabelos pretos e mais alto que ela - que estava no balcão para tirar a cor do vestido, deixá-lo branco, e disse que precisava dele para ainda essa noite. - Isso será praticamente impossível... - ele disse.

- Mas vamos tentar, ok? - ela pediu.

Mais rápido do que imaginavam, os dois conseguiram tirar a cor do vestido, lavá-lo, e secá-lo na secadora de roupas.

- Não precisa pagar nada não, fica como um presente de Ano Novo. - ele disse a Stevie - A propósito, meu nome é Eric.

- Ai, obrigada - Stevie disse, do fundo do coração. - Ah, e meu nome é Stevie. - ela apertou a mão estendida dele. Foi ótimo que ele tinha deixado isso de graça, ainda mais que Stevie não sabia se teria dinheiro suficiente para pagar... Ela tinha gastado quase tudo no vestido...

- Aqui tem um banheiro, se você quiser pode se trocar... Esse vestido é agora para o Ano Novo, não é?

Stevie concordou, e deixou Eric levá-la ao banheiro da lavanderia. Ela se vestiu, e UAU, estava realmente linda.

- Estou fechando a loja agora... - ele meio que hesitou por um momento, mas tomou coragem e disse de uma vez - Você vai passar o ano novo aonde? Por que eu, sinceramente, não tenho onde ficar, a não ser aqui... E eu não queria isso para o meu ano inteiro, ficar em uma lavanderia sozinho.

Como se tivesse lido meus pensamentos!, ela pensou. E logo Stevie tinha uma certeza: não ia passar o ano novo na sua casa, alimentando Peter Johnson.

- Já sei. Vamos olhar o céu. - ela sugeriu, sorrindo. Já eram dez para meia noite, e assim que saíram da lavanderia, ela deu as mãos a Eric.

E tiveram uma surpresa. Tudo lá fora estava branco, a neve havia coberto tudo! Um cenário lindo, combinado ao brilho das luzes de Natal.

O desejo de Stevie tinha se realizado.

FIM.


Licença Creative Commons
Based on a work at caxorroquente.blogspot.com.

Ano Novo (e delírios)...

É, eu sei, eu fiquei em falta com vocês no Natal... Eu realmente não tinha como entrar na internet, estava viajando (e ainda estou), e sem internet... E como você está agora nos desejando feliz 2011?, perguntariam os mais curiosos.

Os mais espertinhos, responderiam por mim: Essa é uma postagem programada, dããr...

Mas a questão é que essa não é uma postagem programada. Hoje eu consegui um 3G de uma tia minha, que, unido ao notebook do meu primo, deu como resultado eu aqui!

Sim, eu sei, realmente delirei nas linhas acima. Pô, quem é que faz um diálogo consigo mesmo, falando sobre as possibilidades de como eu ter entrado na internet e...?

PERAÍ! Estou fugindo do assunto principal...

É, eu poderia fazer uma postagem realmente enoooorme falando sobre como eu poderia estar aqui, mas na hora de falar um ótimo ano novo para todos, eu realmente não consigo enrolar.

Então para todos vocês, que acompanham o Caxorro Quente desde sua criação, ou que vieram mais tarde, ou que só vieram agora, ou que nunca viram esse blog e estão se perguntando como alguém consegue ficar lendo essas viagens do Lucas, eu desejo um FELIZ ANO NOVO! Cheio de prosperidade, alegria, saúde, amigos, amor, sucesso, e tudo de bom, vocês merecem (eu ia falar que merecem por terem lido essa postagem até aqui, mas acho que ia estar forçando muito).

Não sei quando vou entrar novamente, pode ser amanhã mesmo ou só em janeiro (ei, amanhã é janeiro! Tá, isso não vem ao caso), então... Ah, esqueci o que eu ia falar. Ou escrever. Ou digitar. Whatever!

Beijão gente, e espero que continuem acompanhando o Caxorro Quente nesse 2011!

(Cara, é tão estranho escrever 2011... Só tem um zero! Opa, mais uma viagem sem noção...)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Katherine's Diaries - Capítulo 10: Adeus, Família Keat


Nota: Gente, esse capítulo, em uma parte, tem uma música que vocês precisam escutar lendo! Ouçam ela enquanto leem a partir de quando eu avisar, porque aí fica bem mais 'divertido' o capítulo!

Eu sabia que quando Klaus tinha me transformado eu ainda não era uma vampira plena, precisava beber sangue humano para terminar a transformação. E agora ela havia sido terminada.

Eu era uma vampira, e Samuel um cadáver.

Ele estava morto. Seu corpo desfalecido estendia-se pela cama, e sua pele não era mais rosada, era de um pálido mórbido. Katherine Pierce havia matado Samuel Keat.

Entendi o que eu havia acabado de fazer. Respirei fundo, pensando em uma solução para o problema que eu tinha causado. Gudren estava arrumando sua cama, eu sabia disso. Todos os meus sentidos estavam amplificados, o sangue despertou em meu corpo poderes que nem eu sabia que possuía.

Sacudi o corpo de Samuel.

- Samuel, não faça isso comigo. – eu chorava. Não pela morte de Samuel, mas pelo que eu havia feito. – Não.

Ouvi o barulho da cortina se mover. Olhei para lá, e a janela que antes estava fechada agora estava aberta.

- Fräuleinchen, senti sua falta.

Era Klaus.

- O que eu fiz?! – perguntei, desesperada, a meu criador.

- Ora, não sabes? Você acabou de matar esse jovem rapaz. – ele sorriu para mim. – Parabéns, completou sua transformação.

Isso eu já sabia.

- O que devemos fazer com o corpo? – perguntei, após um minuto de silêncio, pensando no que eu devia fazer. Manter a calma, disse a mim mesma.

- Deixe aí. Encontro vocês mais tarde. – e tão rápido quanto apareceu, Klaus foi embora.

Fiquei mais alguns poucos minutos sentada na cama, pensando em tudo que tinha acontecido. No fundo, sabia que nem era tão grave. Isso havia sido um ‘presente’ de Samuel para mim. A imortalidade. Sim, um presente... Samuel sempre quisera me agradar.

Fui para o quarto de Gudren, e chamei-a.

- Temos de ir embora, rápido. Eu matei Samuel. – confessei.

Ela me olhou, boquiaberta.

- Você já é uma vampira. Posso sentir isso.

Sorri para ela:

- Pelo menos uma coisa boa em meio a todas essas chatices.

MUSICA OBRIGATÓRIA: Obsession - Sky Ferreira


Admito, eu não tinha me importado nem um pouco em matar Samuel. Ele sempre quisera me agradar, e agora o tinha feito. Graças a ele minha transformação estava completa.

Saí do quarto de Gudren, com ela me seguindo com as malas.

Dei uma breve parada na porta do quarto de Samuel, e falei com ele, apesar de saber que não iria receber uma resposta:

- Tchauzinho, Sam. – sorri para seu corpo morto. – Obrigada! – pisquei para ele, e fui andando. Escutei Gudren respirando fundo atrás de mim.

Ah, já ia me esquecendo. Ainda temos Anne Keat. Já no quarto dela, dei um beijo em sua testa. Ela dormia, mas pareceu acordar com meu contato.

- Tchau, amiga. – sussurrei no seu ouvido, para Gudren não ouvir, pois senão ela iria me impedir: - Pronta para encontrar seus pais? – agora falando normalmente, terminei - Sentirei sua falta. Tá, é mentira. – falei rindo, e fui embora, sempre seguida por Gudren.

- Vá colocando as coisas na carruagem, já encontro você lá. – ordenei a minha empregada, que me olhou com um olhar inquisidor – Acho que esqueci alguma coisa no meu quarto. – menti.

Ela foi para fora da casa, e, ao invés de ir para o meu quarto, fui para a sala. Acendi duas tochas com o fogo que estava aceso na lareira, e comecei a caminhar pela casa, encostando as tochas em tapetes, nas paredes, em tudo o que encontrava pela frente.

Terminado o trabalho, encontrei Gudren dentro da carruagem.

- O que você estava fazendo, senhorita Katherine? – ela perguntou.

- Só terminando um trabalhinho. Você gostava dos Keat? – perguntei.

- Claro, por que não haveria de gostar deles?

- É que eu estava pensando se você iria querer ir no funeral deles... – olhei pela janelinha da carruagem, e vi que a casa toda já estava em chamas, enquanto saíamos pelo portão. – Pena que não vai ter um. – finalizei, sorrindo.

-

Nota do Autor: E aí, o que acharam? Essa música é da trilha sonora oficial de Vampire Diaries, e até aparece em um episódio da 2ª temporada... Desculpem a super demora pra postar esse capítulo, estava super sem tempo nessas férias! Pelo menos eu postei, mas essa semana viajo, então a fic vai ficar em hiatus até janeiro {que nem o seriado}... Descuulpem, mas assim que puder eu posto vários capítulos pra compensar! UAHSUHA, é isso, e não se esqueçam de pelo menos um "Oi, eu li!", ok? Beijão, feliz Natal e um ótimo Ano Novo! (:

Para Letícia³ :)


Ok ok :D :D

Aí a gente vai se falando ! (;

Beijão, e feliz Natal! UAHSUAH :*

Sol Poente - Capítulo 17: Depressão

"Todos conseguem chorar quando sofrem, mas não eu. Mas acredito que estou sofrendo, muito mesmo." Essas palavras iam e voltavam cada vez mais reais, como se Laurent ainda as estivesse pronunciando.

Não vou gastar muito tempo falando do quão especial ela era para mim, pois isso me traria lembranças ruins. Não pensei em vingança, pois isso não me levaria a lugar algum. Eu apenas pensava em... Nada. A verdade é que, às vezes, pensar em nada é reconfortante.

E ali fiquei; sentada sobre as pedras negras, olhando as ondas se chocarem, fazendo barulho, formando uma espuma branca como nuvens do oceano. Estava ali a uma hora? Um dia? Eu jamais descobriria. Nenhum de meus irmãos soube me dizer, mais tarde, quanto tempo permaneci fora. Foi como se um acontecimento rápido, um instante apenas, fosse capaz de parar o tempo. Talvez nada tenha mudado no dia-a-dia prático, não tenha mudado o passar do tempo, mas como foi dito naquele filme? Ah, sim, "para alguns, o tempo passa rápido, e nunca há tempo suficiente; para outros, o tempo é muito longo. Para os tuck, o tempo não existia". O que seria os tempo?

Enfim, eu fiquei sozinha com meus pensamentos, e com o vento que brincava com meus cachos. Eu sabia a verdade, porém não queria aceitá-la, quanto mais encará-la.

Eu estava só, numa praia estranha, com meus quase 150 anos, brincando com a areia. Apesar da forma jovem, sou velha, como um pergaminho amarelado. Meu coração, que já não bate mais, ficou dolorido - as pessoas deviam ter mais consideração com os idosos, pensei, ironicamente.

* * *

É incrível com o amanhecer é lento, não? É como se um ser sobrenatural convidasse para seu mundo mágico... Enquanto o quadro negro é preenchido pelas cores suaves, os sons mais agradáveis começam. Apenas percebemos o quanto temos a desfrutar quando estamos tristes.

Fui até o corpo, mas em seu lugar haviam pedra, e uma cruz. Alguém a havia enterrado. Sob a cruz, um papel escrito a mão:

"Rosalie,

Minha fuga será em vão, pois temo que James e Victória me achem. Sei como seu coração deverá estar apertado, porém, terei que fazer-lhe mais um pedido: seja fria, paciente, doente e manipuladora caso se encontre, novamente, com esses vampiros que por tanto tempo segui. E fuja. Essa é uma ordem que deverá ser executada assim que terminar de ler. Existem olhos por toda parte, por mais que não sejam vistos. São perigosos, assassinos... Não deixe que essa morte deixe em você um espaço vazio; eu já tento preenchê-lo.

Adeus,

Laurent"

Eu sabia que aquelas palavras haviam sido escritas com mágoa, antes mesmo de perceber o papel enrugado com as lágrimas secas. Antes de obedecer sua ordem, escrevi, com papel e caneta que encontrei:

"Laurent,

O meu coração sempre teve um espaço dedicado a Vera, afinal, ela era única. Com sua morte, o espaço não desapareceu ou se esvaziou, mas ficou repleto de tristeza, saudades, e de lembranças que para sempre serão guardadas. E assim permanecerá, enquanto eu for eterna.

Rose"

Logo desapareci em meio a floresta densa, onde o amanhecer ainda não ousara tocar.

Stickers de Pretty Little Liars

Eu tava olhando umas imagens no Google do seriado, e me deparei com esses adesivos super legais. O dono desse blog faz stickers de vários seriados, apesar que o único que eu gosto que encontrei ali foi PLL :)

Bom, aqui estão os que eu mais gostei:






E você pode pegar os outros aqui:

Para Letícia² :)


UHAUSHAUHSU, já passei os dvds pra Tetê, é só ir lá pegar com ela! :D

Tenho certeeza que você vai amaar! :D

Ahh, aí no ano que vem me empresta The Big Bang Theory? Eu queeero ver *-*

Beijão :*

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Para Letícia :)


Heey Let (:

Tipo, esse seriado ainda não passa no Brasil não, mas no ano que vem {eu acho} vai estrear no Boomerang (;

Mas se você quiser assistir, dá para você baixar por aqui, ou eu te empresto os dvd's :D

Beijos :*

domingo, 12 de dezembro de 2010

Pretty Little Liars

Gente, esse seriado é muito bom! *-* Eu assisti os 10 episódios já lançados na sexta-feira {sim, tudo de uma vez só}, e simplesmente amei (:


Bom, o seriado é baseado numa série de livros de mesmo nome, e conta a história de quatro amigas, Hanna {Ashley Benson}, Aria {Lucy Hale}, Emily {Shay Mitchell} e Spencer {Troian Bellisario}, que, após a morte de Alison {a quinta amiga, Sasha Pieterse} acabam se separando.

Segundo A., os segredos as mantinham unidas, e realmente é isso que acontece. Um ano após a morte de Alison, elas começam a receber certas mensagens falando dos segredos que elas tinham compartilhado com Alison. E o pior: as mensagens estão assinadas como "A.".

Os segredos as unem de novo, mas, o que é um segredo, se nunca acabar sendo descoberto?

E quem é que está mandando essas mensagens? Seria mesmo Alison?

Cara, esse seriado é perfeito, não deixem de assistir! (:

Ashley Benson {Hanna}


Lucy Hale {Aria}


Shay Mitchell {Emily}


Troian Bellisario {Spencer}


'Cause everyone has a secret.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Template definitivo :)

UHASUHA, sim, gente, finalmente me dei bem com esse template! (:


Tipo, usei uma outra fonte ali nos links na horizontal, no título das postagens e nos títulos da barra lateral, aí não sei se ela está aparecendo aí...

Whatever, agora eu voltei (:

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Katherine's Diaries - Capítulo 09: Samuel


- Onde está Anne? – perguntei.

- Minha irmã está doente... Está repousando lá no quarto. – Samuel indicou com o braço direito a porta para o quarto dela, enquanto passávamos pelo corredor.

- Oh. – disse apenas. Para falar a verdade, eu não ia muito com a cara de Anne desde algum tempo atrás. Além disso, ela parecia estar ‘perturbada’. Acho que na verdade, a doença dela era a loucura.

Samuel abriu uma porta no fundo do corredor, e mostrou o quarto de hóspedes onde eu iria ficar. Gudren já arrumava suas poucas coisas em um dos quartos de empregada.

O quarto era grande e bonito, mas não tão magnífico quanto meu antigo. Eu realmente sentiria falta de lá.

- Que tal? – perguntou Samuel, sorrindo. Sempre querendo me agradar, nunca deixando de me amar.

- Gostei. – falei, segurando-o pela frente da camisa, e puxando-o para a cama.

Beijei-o. Mas seus beijos não me satisfaziam, eu precisava de algo mais. Algo em minha garganta incomodava muito. Seria...? Não, não podia ser isso. Eu não ia fazer isso.

Continuei beijando-o, deitada em cima dele na minha cama. Usei minhas unhas para rasgar sua camisa, eu estava muito mais forte.

- Eu te amo, Katherine. – Samuel declarou.

Eu não sentia o mesmo por ele, e exatamente por isso não respondi. Apenas comecei a desabotoar meu vestido.

Meus dentes estavam incomodando. Algo crescia dentro de minha boca. Logo percebi o que era. Os meus novos e afiados caninos fizeram um pequeno corte na boca de Samuel durante um beijo, e eu sentia o gosto de sangue em sua boca.

Sangue. Como era delicioso... Quando era humana, o sangue tinha um gosto azedo e metálico, mas agora era doce e me levava às alturas. Continuei beijando-o, cada vez mais intensamente, e a única coisa que eu via era o seu sangue.

Logo não me controlei mais, e usei minhas presas para morder seu pescoço. Agora sim eu começava a me saciar, mas de uma coisa eu tinha certeza: não queria terminar esse momento nunca.

E aí veio o silêncio. A chuva lá fora já havia terminado, e tudo na casa estava quieto. No quarto onde estávamos, nada também.

Nem mesmo o som do coração de Samuel batendo.

-

Nota do Autor: É, eu sei, esse capítulo ficou pequeno :x Mas prometo que o próximo está maior! (: Comentem!

Melhor ?

Siim, eu tirei aquelas fotos de Harry Potter do fundo do blog...

Sei lá, acho que o Caxorro Quente estava com muitas coisas ao mesmo tempo, fora o fato de misturar o banner de Vampire Diaries com o fundo de HP, aí tava meio bleerg {ah, vocês entenderam o que eu quis dizer!}.

Bom, já postei o capítulo 9 de Katherine's Diaries lá no Nyah!, mas vou postá-lo aqui agora! (;

É isso, hope you enjoy! (:

Férias *-*

Sim, finalmente estou de férias! *-* UAHSUAHSUA

Ou seja, agora vou poder postar mais (: Tipo, as postagens meio que pararam por causa das provas e tal, mas acho que agora vou tentar compensar ;)

É, to fazendo esse post 00:03 só para avisar isso mesmo, que agora vão ter postagens! YAY! É isso; (:

Valeu geente (:

PS.: O que acharam desse novo template? DHSUHDUS, troquei o banner e todo o template, a fonte do blog, tuuuudo! Deu um trabalhão, mas acho que ficou bom, fora essa mistura tosca entre Harry Potter {o fundo do blog} e Vampire Diaries {o banner}. USHAUHSA

PS 2.: Não sei se essa fonte está aparecendo só no meu computador, então eu precisava que vocês avisassem se ela também aparece aí! Obrigaado! (:

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Damon Visita... - Uma Visita Para As Denali

Alasca. Que lugarzinho mais desagradavelmente gelado!

Continuei rondando com meu carro pelas estradas com a sensação de estar dentro de um freezer, até que, por fim, encontrei uma casinha escura em meio a tanto branco após um grande lago congelado. Até que seria divertido passar alguns dias por aqui.

Saí do carro, e então senti que poderia virar um boneco de neve mais do que instantaneamente. Voltei para o carro e vesti outra blusa grossa de pelos. Eu me sentia aquela tal de Coco Channel com tantos casacos de peles.

Frio à parte, era sim a casa das beldades do Alasca, a tal das Denali da qual o grandão disse.

Bem, fui caminhando em direção à casa, passando por cima do lago congelado. Se esse gelo quebrasse, eu estaria frito. Não, eu estaria literalmente numa fria!

Quase chegando na casa, ouvi alguns barulhos do lado de fora. Ignorei. Poderia ser apenas mais um desses animais com sangue de gosto péssimo. Todos os animais por aqui devem ser vegetarianos... Horrível.

Subi alguns degraus da escada, mas então senti a presença de alguém. Era alguém me olhando por trás. E isso era tão desconfortável quanto estar andando no gelo.

Me virei para ver quem era o sem graça que me encarava. Um homem me esperava. De expressões frias, assim como o lugar, ele começou a me interrogar feito aqueles filmes do velho oeste – tirando o fato de não fazer nem um pouquinho de calor aqui.

- Quem é você?

- Damon Salvatore, e você?!

- O que você quer aqui?

- Eu gostaria de abrigo, está fazendo frio, não sei se você percebeu isso já!

- Como chegou até aqui?

- Aquele negócio preto parado ali do outro lado chama-se carro. Dentro dele, tem combustível que serve para fazer com que o carro se movimente! – Eu era extremamente bom em metáforas...

- Eu sei que aquilo é um carro! – Pena que nem todos admitem essa minha habilidade. – Mas como chegou aqui?

- Já lhe expliquei! Aquele negócio lá parado é um carro...

- Eu não quis dizer desta maneira...

- Então explique-se, ué!

- Como veio parar aqui? Como nos encontrou?

- Bem, eu estava de passagem e aí meu carro começou a falhar...

- Sei... – Ele não estava acreditando em minha mentira?! Droga!

- É verdade!

- Quer saber de uma coisa?

- Sim, claro... – Obediência sempre funcionava, às vezes...

- Não confio em você. Você tem cara de desordeiro, e só veio aqui arrumar confusão para nós. Nos deixe em paz! – Bem... Às vezes funcionava... Às vezes...

- Olhe, não vim aqui para brigar, ok?! – Até porque já briguei demais em outro lugarzinho...

- O que quer aqui?!

- Passear!

Ele ficou me olhando com cara de desconfiado – parecia ser a única expressão que ele tinha.

Ele foi falar algo, mas foi interrompido pela porta. Ela rangeu fortemente, e então pensei que realmente essa era uma casa de homens chatos e ignorantes que nem prestam para cuidar do ambiente. Mais ou menos o meu estilo de vida.

Mas, para minha surpresa, a primeira beldade apareceu.

- Eleazar, por que continua aí fora?! Pensei que iria entrar assim que viesse!

- Sim, me desculpe, querida. Eu ia entrar mas então dei de cara com esse... com esse cara!

Ela ficou me olhando, o que me deu liberdade o suficiente para me apresentar.

- Sou Damon Salvatore, e você é quem querida?!

- Carmem.

- Primeiro: ela é minha “querida”, e não sua. Segundo: não vá se assanhando com as mulheres dessa casa. Eu sou o homem daqui e você não tem vez aqui!

- Hmm... Poligamia?! Interessante!

Ele veio até mim e me agarrou pela gola de meu agasalho.

- Você se acha muito engraçadinho, não?!

- Eleazar, por favor, pare!

O irritadinho me largou, e então pude respirar em paz – não muito, afinal respirar no frio é complicado... Meus pulmões já doíam sem precisar fazer muita força para respirar, sabe... Esse tal de Eleazar sabia como ser desagradável.

- Bem, Damon... Você gostaria de entrar alguns minutos?! Está frio aqui fora, tenho certeza de que você está com frio!

- Sim, sim... – Ao contrário do marido, Carmem sabia ser muuuito agradável.

Entrei na casa, que parecia ser muito simples. Nada de coisas grandiosas ou chiques demais... Nada das viadices da casa onde vivo com Stefan ou a casa daqueles Cullens...

- Sente-se, por favor. Irei lhe trazer um pouco de chá.

- Whisky.

- Como?!

- Whisky. Tem Whisky?!

- Ah, tem sim... – ela ficou desconcertada. Qual o problema com o Whisky?!

Ela saiu e rapidamente voltou, quase me assustei com isso, afinal, eu já estava meio acostumado com essas ações involuntárias dos Cullens.

Me servi de Whisky, e então reparei que os dois me olhavam confusos.

- O que foi? Não gostam de Whisky?! – Eles se olharam. – Ah, sim... Me esqueci que vocês não bebem nada... Aliás, não bebem, não comem, não dormem... Aff... – Povinho estranho, viu...

- Como sabe tanto de nós? – era o intragável Eleazar.

- Conheço os Cullens, sabe... Emmett me falou sobre vocês, então vim conhecê-los!

- Ah, você os conhece? – era Carmem.

- Sim, conheço há pouco tempo, mas os conheço sim... Aliás, eles me falaram de umas Denali. São vocês, certo?!

- Bem, sim... As Denali mesmo são irmãs, elas são a Tanya e a Kate.

- Ah... – Comecei a olhar algumas fotos na estante da sala. Nelas havia três moças que eu não conhecia, e eles dois. – São aquelas moças?!

- Sim. A primeira é Kate, a segunda é Tanya e a terceira é Irina.

Levantei e fui ver de perto a foto.

- Kate?!

- Sim.

Ah, esse nome me lembra algum outro... Só que a moça é muito diferente da que eu conheço!

- Hmmm... Engraçado, parece que conheço essa terceira moça de algum lugar!

- Ah... Bem, se conhece mesmo, vai ficar chateado em saber que ela já morreu!

- Morreu, é?!

- Sim, ela é a terceira irmã, e morreu em um... Bem, trágico acidente com os Volturi.

Como que é? Até me engasguei com o Whisky!

- Como?!

- Bem, creio que conheça os Volturi para ter essa reação!

Bem até demais, moça!

- Irina contou aos Volturi que os Cullens tinham transformado uma criança em vampira.

- E transformaram mesmo? Carlisle me falou tanto dos Volturi, eu percebi que são realmente pessoas pelas quais não devemos nunca nos dar as honras de encontrar, e ele não tem cara de quem iria contra alguma regra dos Volturi!

- Sim, é bem por aí... – Cara, o tal do Eleazar sabia sorrir! – Mas, não, eles não transformaram ninguém... É só Irina que disse ter visto uma criança vampira, mas, na verdade, era Nessie.

- Ah, sim... A menininha que curte motobikes e ficar toda suja de lama!

- Sim... – Kate respondeu sorrindo. Cara, ela era linda mesmo!

A porta se abriu, e duas mulheres lindas entraram por lá. A moça loira aruivada, que devia ser a Tanya, entrou primeiro. A segunda, uma beldade loira – realmente beldade – entrou depois.

- Olha só, visitantes! – era a mais alta, a... Tanya?!

- Damon Salvatore, a seu dispor!

- E que cavalheiro!

Acabei rindo com o elogio, mas ela não me chamou muita a atenção. Me interessei mais na Kate, a loirinha. Linda! Perfeita! Beldade!

- Oi, sou Damon!

- Oi, sou Kate.

- Lindo nome. Belíssimo!

- Que bom que gostou...

Ficamos ali parados, um olhando para o outro. O que eu diria para quebrar o gelo entre nós?! Hmm...

- Então, você sempre morou aqui no Alasca?!

- Sim, sempre. Sempre morei com minhas irmãs também.

- Ah, que legal. Eu também moro com um irmão. Ele se chama Stefan, e é bem sem graça.

- Ah, minha irmã é legal. Irina também era.

- Sim, fiquei sabendo de Irina. Minhas condolências.

- Ah, obrigada.

- De nada.

O gelo voltou. Minutos depois, tive uma ideia.

- Que tal darmos uma volta? Se você é daqui, conhece bem o local, né?!

- Bem, sim, claro. Mas, não gostaria de conhecer a casa primeiro? Tipo, o quarto que você vai ficar aqui!

- Eu posso ficar aqui?!

- Ele vai ficar aqui?! – era Tanya.

- Ele vai ficar com a gente? – era o estúpido do Eleazar.

- Bem, você quer ficar?! – era a minha beldade.

- Adoraria!

- Bem, então vem, vou lhe mostrar seu quarto!

Subimos as escadas, deixando todos lá embaixo espantados com a velocidade de nosso relacionamento. Ah, agora vai! Deve ser o poder do nome.

- Bem, esse é o seu quarto!

Ela abriu a porta e me mostrou um quarto até que espaçoso. A cama tinha cara de ser aconchegante, pelo menos. Que bom!

Ela foi até a janela, a abriu e nos sentamos lado a lado na cama.

- Você é da onde?!

- De Mystic Falls, Wyoming. Conhece?

- Ah, não, desculpe.

- Não, não, não... Não se desculpe, querida. Para falar a verdade, eu me assustaria se você conhecesse. – Literalmente, só povo endiabrado vai pra lá, poxa!

- Ah.

- O que gosta de fazer?

- Bem, Tanya e eu costumamos caçar juntas, e vamos às compras de vez em quando. E... Bem, não há muito o que se fazer por aqui...

- Hmmm... Então, eu... Bem, eu queria tentar uma coisa...

- O que?!

Olhei bem fundo em seus olhos dourados. Era quase líquido, eu podia sentir como se fosse ouro derretido. Quase hipnotizado de tanto olhá-la – a deixando totalmente impaciente –, cheguei para mais perto dela. Sussurrei em seu ouvido.

- Eu estou cansado de falar.

Ela deu um meio sorriso, meio nervosa, e então veio para mim. Nos beijamos, e foi incrível!

Depois de muito amasso, e... Enfim... Parei para encarar o teto do quarto, Kate estava deitada tranquilamente em meu peitoral.

Ha! Por essa Stefan não esperava... Tudo bem que Stefan nunca espera nada que venha de mim, mas... por essa ele não esperava!

Percebi que não havia barulho algum lá embaixo.

- Onde todos foram?!

- Devem ter saído para nos dar liberdade.

- Que bom... Ouvir a irmã gemendo não deve ser algo muito... legal... – Eu que o diga... Já pensou “pegar” Stefan e Elena lá, no vamos ver?! Que horror! Quase chega a me dar náuseas...

- É mesmo. Aliás, Damon, quanto tempo vai ficar comigo?

- Você é bem direta, não?! – fiz uma piada, mas pela cara dela, ela não interpretou como tal. – É brincadeira, amor... Bem, eu gostaria de ficar muito tempo ainda.

- Tempo o suficiente para um “felizes para sempre”?

- Isso lhe faz feliz?!

- Sim.

- Então está tudo bem! Felizes para sempre!

Ela suspirou e tornou a deitar sua cabeça em meu peitoral. Sua pele era fria, assim como o dos outros vampiros, mas eu não me importava. Ela era uma boa moça, e “quente” também, mas uma boa moça...

Continuei encarando o teto. Quanto tempo eu ficaria aqui, eu não sei direito, mas eu sei que eu iria fazer o possível para ficar o máximo de tempo com essa beldade. Sabe, eu tinha gostado dela... Me fazia lembrar de... Ah, velhos tempos... Bons tempos...

sábado, 27 de novembro de 2010

Harry Potter & The Deathly Hallows - Part 1


Cara, o melhor da série, sem mentira. *-*

Spoilers abaixo!

Seguiu bem direitinho o livro, apenas umas mudanças, todas para melhor, como na morte de Edwiges, que morreu tentando ajudar o Harry a fugir do comensal da morte.

Uma parte que me chamou muita atenção, logo no início do filme, foi o "Obliviate" da Hermione em seus pais, para protegê-los. Imagina como ela teve de ser forte, fazer os seus pais esquecerem de você, apesar de ser para o próprio bem deles...

Outra cena muito boa da Hermione foi na hora que ela estava sendo torturada pela Bellatrix, CARA, CORTADA! Quando eu vi o "muggleblood" que a maldita Bella havia cortado no braço da nossa bruxa prediletta, me deu vontade de matar aquela {repito} maldita comensal.

Agora falando sobre o Rony. A parte em que ele salva o Harry quando ele está preso no lago ficou ótima, assim como sua atuação na hora de acabar com a Horcrux do medalhão.

E o seu beijo com a Hermione?! É, vai ficar para a parte final mesmo... Mas em compensação tivemos um beijo entre o Harry e a Hermione... :x

Sobre o Harry, eu amei quando ele jogou o feitiço de estuporar na Dolores Umbridge. Eu vinha querendo isso desde o quinto filme/livro! A fuga da mansão Malfoy também ficou ótima, e duvido que qualquer um não tenha ficado com lágrimas nos olhos quando o Dobby disse, na praia:

"Que lugar lindo... Para ficar com os amigos..."

O conto dos três irmãos, narrado pela Hermione, ficou super legal, assim como quando a Nagini pula para cima do Harry e da Hermione, após sair do corpo daquela bruxa que eu esqueci o nome.

AAAAAAH, E O INÍCIO ?! Todo mundo ficou com um pouquinho de esperança do Snape salvar aquela professora de Hogwarts que estava sendo torturada pelo Voldemort, né?

Alguém entendeu o que era aquele caco de vidro/espelho que o Harry carregava no sapato, e que na masmorra dos Malfoy pegou na mão e pediu ajuda? Se alguém souber, avisa aqui por comentário! (:

E no final, com o Voldemort abrindo o túmulo do Dumbledore para pegar a varinha das varinhas, duvido que você não tenha pensado que o Vold ia beijar o Dumb! HAHA, todo mundo deve ter pensado isso, sem mentira! :s UAHSUAHUS

Como já esperávamos, ficamos com aquele 'gostinho de quero-mais'. E a raiva não pode deixar de ser contida assim que o Voldemort jogou um raio nos céus para projetar a marca negra e surgem os créditos. Não podia ter acabado!

Mas pelo menos vai ter mais um filme. E esperamos que ele feche com chave de ouro a série que acompanhou uma década de nossa vida, no meu caso, minha infância e adolescência.

E um obrigado especial à J.K. Rowling, eu não sei o que faria se você nunca tivesse escrito Harry Potter.

- Lucas HotDog.




Todos crescemos... Nós, e eles...

Essa foto ficou perfeita *-*

Hogwarts em todos os anos... Como eu queria ter recebido uma carta para ir para lá...

Harry & Hermione, just dancing...


Eu adorei essa parte do filme *-*

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Russet Noon - Capítulo 07: Valhalla

Capítulo 07: Valhalla – Parte 1

Todos os esforços que fiz para encontrar alguém que poderia estar disposto a ensinar-me como fazer uma viagem espiritual finalmente valeram à pena. O eremita de olhos vendados, um ex-monge da Espanha que havia fugido da Europa para escapar de uma sentença de morte, era a única pessoa que concordou em me guiar nesta viagem perigosa.

Os perigos de viajar para o Mundo dos Espíritos eram numerosos demais para mencionar. Originalmente, eu pensei que a pior coisa que poderia acontecer era ficar preso lá fora, como o que tinha acontecido com o nosso Antepassado Lobo, o Grande Chefe Taha Aki, centenas de anos atrás.

Mas o eremita tinha me avisado que havia uma outra ameaça que eu não tinha sequer considerado: os predadores desencarnados que se escondiam nas profundezas mais sombrias do Mundo Espiritual. Segundo ele, essas entidades eram atraídas pelos demônios interiores do viajante.

Em outras palavras, o mais provável era que os medos mais reprimidos e conflitos não resolvidos dos viajantes viriam a se tornar um alvo para os predadores espirituais.

Eu sabia que tinha muita raiva reprimida em mim mesmo, para não mencionar o quanto eu temia que a vampira híbrida que tinha saído da toca para aterrorizar clã Cullen pudesse fazer Nessie vir para o lado negro.

Ainda assim, considerando tudo o que tinha acontecido nos últimos dias, a única opção que eu vi para salvar meu povo era viajar em espírito. E quando digo "meu povo", também quis dizer os Cullen, por causa do grande amor que me ligava à Bella e Nessie, que significam o mundo para mim. Elas foram a minha família, e eu simplesmente não poderia viver sem elas.

Não importava o quanto o Dr. Cullen pudesse ter tentado me convencer a acabar com a aliança entre seu clã e os Quileutes. Talvez eu estivesse em negação grave e tinha deliberadamente me tornado imune aos avisos que todo mundo continuava me dando.

Tudo o que sabia neste ponto era que nada poderia ficar no meu caminho. A única coisa que eu estava focado era a minha missão de levar o talismã para longe da híbrida, pois eu acreditava que era minha última chance de acabar com ela. E, na minha mente, eu me sentia realmente convencido de que ninguém poderia me ajudar a ter sucesso em minha busca para além dos Guerreiros Espirituais. Eles certamente teriam todas as respostas que eu estava procurando, então eu precisava consultá-los a qualquer custo.

No momento em que a criatura sinistra havia assassinado Sam, eu sabia que não havia mais volta para mim. Ela tinha ido longe demais, e eu tinha feito uma promessa de que sua morte não seria em vão. Eu não tinha intenção de desistir, não importa as consequências.

Agora, aqui estava eu à mercê do eremita, enterrado até a minha cara na lama depois de uma caminhada cansativa para a região mais impenetrável da Floresta Hoh. Desesperado para alcançar o meu objetivo, eu tinha concordado em me tornar aprendiz de um alquimista centenário a quem eu tinha conhecido apenas um par de dias atrás. Tudo em troca de aprender o segredo por trás de uma longa prática proibida por meus Antepassados Lobos.

Eu havia confiado ao eremita a tarefa de cuidar de meu corpo, e enquanto isso, meu espírito tinha atravessado para o além, muito além do ponto sem retorno.

Tudo parecia estar indo como o planejado quando comecei a sentir os efeitos das plantas que o eremita tinha me dado. Comecei a ver a energia luminosa que ele descreveu como o meu espírito flutuando para cima e deixando meu corpo para trás, enterrado no solo sagrado onde o eremita o estava vigiando.

Todo o medo e ansiedade em mim dissiparam-se de imediato quando minha mente abriu-se. Fiquei encantado pelas auras que brilhavam em torno das bordas das árvores, pedras e toda criatura naquela floresta.

Um espetáculo de luzes que brilhavam com cores vibrantes se estendia milhas abaixo de mim enquanto eu voava livremente, desfrutando a sensação de fascinante leveza que veio quando não tinha mais um corpo físico.

Eu era muito ingênuo para perceber que este estado de felicidade não iria durar muito. Antes que eu notasse, um vórtice negro começou a abrir como um redemoinho no meio de toda a luminescência, expandindo-se rapidamente na minha frente.

No início, eu não tinha certeza se devia me preocupar, até que senti a forte atração magnética, que começou forçando-me diretamente para seu centro. E foi aí que ouvi a voz de Bella ecoando em torno de mim, chamando meu nome com um sentido de urgência.

Então comecei a entender o lado ruim da viagem em espírito. Como eu não tinha um corpo, não tinha cordas vocais para falar. Tentei responder ao chamado de Bella, procurando desesperadamente a mesma visão que eu tinha visto antes. Mas a influência do vórtice estava ficando mais forte a cada segundo, e tive que concentrar toda a minha energia para resistir.

Enquanto lutava para encontrar a fonte de sua voz, tudo que eu podia ouvir eram os meus pensamentos. Bella, onde está você? É realmente você me chamando?

Até então, eu sabia que não tinha a mínima chance de luta contra esta corrente. Fosse o que fosse, a sua força ia acabar me engolindo, e eu não tinha a menor idéia de onde eu ia acabar indo. Sem meus braços, eu não podia me agarrar a nada. Além disso, eu já tinha voado muito longe acima do dossel para sequer pensar em segurar-me a uma árvore.

Em todas as histórias que ouvi meu pai falando sobre os Guerreiros Espirituais, eu nunca tinha ouvido falar de algum deles encontrar uma coisa assim. O eremita não tinha mencionado nada sobre o que esta misteriosa energia escura seria. Eu estava aqui sozinho, sem o meu corpo e completamente indefeso contra essa coisa que tentava me engolir.

Tanta coisa para salvar Nessie ou vingar a morte de Sam. Eu provavelmente estava sendo sugado para dentro dos reinos inferiores que o eremita tinha me avisado. As profundezas do inferno, onde todos os predadores esperavam em uma emboscada, iria ser provavelmente a minha última morada.

Assim como eu estava pronto para aceitar meu destino, eu finalmente descobri de onde a voz de Bella vinha. Surpreendentemente, ela estava dentro do vórtice. Seu espírito devia estar preso lá dentro, pensei, e, sem hesitar, me rendi à força, permitindo que ele me puxasse completamente.

No momento em que o meu espírito começou sua jornada pelo túnel negro, tudo aconteceu tão rápido que não tive muito tempo para pensar. Minha consciência não podia se manter com o que estava acontecendo à minha volta, então, por um tempo aí, eu me senti como se tivesse perdido em algum tipo de limbo. Ou talvez estivesse suspenso no tempo, preso em um looping, por assim dizer. Eu não tinha certeza do que diabos estava me metendo.

Palavras não conseguiam descrever o enorme sentimento de pavor que se apossou de mim porque todo o meu mundo tinha saído do controle. Uma sensação horrível de estar girando se apossou de mim e fez-me sentir totalmente desorientado. Comecei a me perguntar se eu poderia estar perdendo minha sanidade. Julgando pelos sons que eu ouvia na escuridão, eu sabia que devia estar entrando em um lugar de sofrimento e condenação.

Estava preocupado com Bella e implorava a Deus para que a voz que eu pensava ser dela não se revelasse ser de predadores, tentando me atrair para esse inferno.

Todos os tipos de ruídos perturbadores me abordaram, como se eu tivesse sido colocado no pesadelo de outra pessoa. A pior parte eram os sons de arranhões, como as unhas tentando desesperadamente abrir sua saída para fora de seus caixões, e os gritos de gelar o sangue ecoando à distância. Era inconfundível que o que eu estava ouvindo eram gemidos humanos e gritos de agonia, provavelmente almas torturadas por culpa e remorso, ou talvez apenas os pensamentos de pessoas que não queriam confrontar suas próprias mortes.

Também havia som de vidros quebrando-se, ruídos triturando os ossos, o cheiro da morte e enxofre espalhando-se por toda parte. Esta certamente era uma dimensão diferente, porque todo o majestoso brilho das árvores e da floresta tinha desaparecido junto com a paz que eu sentia quando eu saí do meu corpo. Eu não consegui descobrir onde exatamente eu estava, mas a única coisa que eu sabia era que com certeza não estava mais na floresta Hoh.

Mais e mais vezes, falhei em minha tentativa de encontrar a voz de Bella no meio de todo o caos. Eu podia sentir minha energia drenando-se rapidamente, e, muitas vezes, peguei-me vagando na inconsciência. Mesmo que tivesse um corpo físico, de alguma maneira eu sabia que meu espírito precisava de uma certa energia para sobreviver, então me esforcei para bloquear qualquer entidade que quisesse roubar minha energia vital.

Foi aí que me lembrei do que o eremita tinha me falado sobre os predadores espirituais. Ele disse que meu medo e raiva que iriam atraí-los para mim como um ímã, então eu imediatamente passei a me concentrar em parar de pensar. Isto exigiu que eu esvaziasse completamente minha mente de todas as preocupações, mesmo que isso significasse deixar de lado o propósito da minha jornada aqui.

Tive que deixar minha intuição me guiar, e a única maneira que eu poderia pensar em proteger-me contra os predadores era fazendo o que Sam tinha me ensinado. Tive de meditar e parar meu diálogo interno.

Foi muito difícil no começo, já que tudo em mim queria era chamar por Bella, mas finalmente consegui.

Minha mente ficou em branco, e logo depois, algo dentro de mim mudou. De repente, vi meu espírito de luz, e antes que percebesse, eu estava em um casulo feito de fibras luminosas, cada uma delas se movendo e vibrando muito com fios elétricos.

Agora eu entendia o que o eremita queria dizer quando falou de luz e energia serem a mesma coisa. Meu espírito tinha substância real, e essa substância ficava balançando por fios de luz. Eu era um ser luminoso que não precisava de olhos para ver no escuro. Poderia gerar minha própria luz, usando a minha energia espiritual.

O sentimento de alegria que me penetrou era tal que, por alguns segundos, não percebi o que me rodeava. Fiquei encantado com a magia de ver meu próprio espírito pela primeira vez e simplesmente não poderia desviar o olhar.

Só então ouvi Bella me chamando novamente, e desta vez não era apenas um sussurro.

Jake!, Bella gritou. Jake, me ajude, por favor! O desespero em sua voz me surpreendeu.

Bella, onde você está? Respondi, procurando por ela.

Agora que eu podia ver na escuridão, a dura realidade da minha situação finalmente atingiu-me. Eu podia ver onde estava, e não havia mais como negar o que eu suspeitava o tempo todo. Eu estava em uma dimensão diferente, um lugar horrível, que parecia um covil de demônios. Morte e decomposição estavam por toda parte.

Eu estava no inferno.

Abaixo de mim havia um enorme vazio sem fundo à vista, e, nas paredes da caverna à minha esquerda, conseguia distinguir formas vagas em movimento. Lentamente, me vi flutuando em sua direção, esperando que elas pudessem ser Bella. Fui tão desesperado para encontrar respostas que não me contive. Tinha que ver o que eram essas formas.

Bella, é você?, perguntei e depois ouvi atentamente, mas não houve resposta.

Tudo o que eu ouvia era um barulho nas sombras, então me aproximei. No momento em que fiz minha luz iluminar a parede onde eu tinha visto as formas em movimento, congelei em estado de choque.

De repente, encontrei-me apenas alguns centímetros de distância de um mar de rostos e partes do corpo, cada um deles mutilados e ensanguentados, espalhados nas paredes da caverna, projetando-se aqui e ali, como se toda a parede fosse rebocada com covas rasas. Nenhum pesadelo eu já havia tido na minha vida podia se comparar a este horror.

Assim que fui para longe deles, percebi que estavam agarrados à parede da caverna, para evitar cair no abismo abaixo. Imaginei que deviam ser as conchas astrais da morte, recusando-se a ir embora, como se isso fosse trazer suas vidas de volta.

Mais uma vez, ouvi os gritos e arranhões de mais cedo. Eram eles que estavam fazendo aqueles barulhos horríveis, lutando para segurar suas vidas perdidas, mas não havia mais luz. Era tarde demais para eles.

Um por um, eles perderiam o seu domínio sobre as paredes das cavernas e iriam cair no abismo. Soube então que, finalmente, todos eles acabariam caindo.

Essa era a diferença entre os espíritos dos vivos e mortos. Espíritos vivos como o meu eram luminosos e podiam flutuar sem ter de se agarrar às paredes. Mas os espíritos dos mortos pareciam fumaça. Eram cinzentos e translúcidos, suas formas apenas memórias do que costumava ser quando estavam vivos.

Enquanto flutuava ali, paralisado pela visão de tristeza diante de mim, eu comecei a me sentir drenado novamente. Eles estavam roubando minha força vital, e, desta vez, eu conseguia ver quem estava fazendo isso. Eram eles, as conchas astrais queriam sua vida de volta e não cair no abismo. Suas formas de fumaça começaram a se fechar em mim rapidamente, chegando a me agarrar. Eu sabia que tinha que fazer algo para repeli-los se quisesse sair daqui vivo.

Eu estava prestes a entrar em meu estado meditativo, quando uma força me puxou para a parede. Lutei para me livrar de suas garras até que percebi que sua força era diferente da dos outros. Essa força não era ameaçadora. Não estava tentando roubar minha energia vital. Quando entrei em contato com ela, senti uma estranha sensação de calor, e não demorou muito para que eu entendesse o porquê.

Era o espírito de Bella que tinha me tirado de lá bem na hora.

Você está seguro aqui, Jake, ela disse.

Mas a sua forma era cinza e esfumaçada, assim como a dos outros. Estava morta também.

Bem no fundo de mim, eu realmente quis acreditar que estaria seguro lá com ela, mas os arredores me diziam o contrário. Este esconderijo dela estava me perturbando, para dizer o mínimo, especialmente porque eu sabia que era construído a partir de sua negação pura para confrontar a verdade.

Ela trouxe condenação sobre si mesma quando ela escolheu o caminho do vampiro, e isso parecia ser a razão pela qual seu espírito tinha ficado preso neste reino, perdido na escuridão eterna em isolamento.

A sala em que estávamos se assemelhava à casinha onde ela e Edward tinham se mudado depois do casamento. Aquele conto de fadas "artesanal" que ela tinha me contado, onde planejava viver feliz para sempre com sua nova família de vampiros. Mas este lugar era apenas uma sombra cinza da casa, uma versão grunge do que era, para ser exato.

O papel de parede de laço tinha sido rasgado em diferentes lugares, assim como as cortinas de veludo. Havia teias de aranha por todo o sofá, nas lâmpadas, na mesa e na cama. Um lugar fantasmagórico, na verdade. Não era nem um pouco mais seguro que lá fora, onde havia morte e deterioração.

Mas a parte mais triste era o berço ao lado da cama. Ainda usando seu vestido de noiva, o espírito de Bella flutuou até o berço, cantarolando uma canção de ninar e, então, um sorriso de cortar coração se espalhou em seus lábios. Eu poderia dizer que era um sorriso alegre e feliz de mãe. Ao invés disso, era o tipo de sorriso que você veria em um paciente em um hospício, um sorriso de negação e loucura total.

Esta é Renesmee, Bella disse, com sua mão espectral balançando o berço. Ela não é linda, Jake?

Cheio de pavor, me mudei para o bebê ter um olhar mais atento. Nessie em espírito não poderia estar lá. Eu sabia disso, com certeza. Ela havia nascido meia vampira, de modo que parte dela era humana, e, portanto, viva. Ao contrário de Bella, Nessie não tinha escolhido ser mudada, pelo menos não ainda, eu esperava.

Assim como eu suspeitava, o espírito de Nessie não estava lá. O que Bella pensava ser sua filha era, na verdade, uma velha boneca horrorosa. Seu rosto estava rachado, e um de seus olhos não se abriam.

Eu me arrepiei com a visão e tive que desviar o olhar de imediato. A última coisa que eu queria fazer era sacudir Bella para fora de sua negação. Tinha que salvá-la de alguma forma, libertar seu espírito para fora dessa prisão medonha. Mas para isso era necessária a ajuda de um perito. Eu não sabia como eu iria fazer isso, mas a única coisa que eu sabia com certeza era que eu não ia deixar este lugar sem ela.

Eu tinha que trazer Bella comigo para ver os Guerreiros Espírituais.

Continua...