sábado, 29 de maio de 2010

Capas de "Família Cullen"!

Esse post é especial para o pessoal do Mereço Um Castelo! É que eu fiz duas capas para uma ff' de vocês, "Família Cullen", aí queria presentear vocês com elaas! Espero que gosteem! *-*


Nova foto de Alice em Eclipse!

Gente, uma nova foto da Alice em Eclipse foi divulgada no Twitter do David Slade, o diretor do filme! Eu gostei muito! Só achei a Alice um pouquinho diferente, não seii... Deve ser porque ela é em preto e branco! (:

Solitário - Capítulo 59: O Baú

Antes de deixar Houston, resolvi dar uma última olhada em minha antiga casa.

O dia estava nublado, então ninguém percebeu quem eu era, ou o quê. Foi perfeito! Tudo havia corrido bem: Eva e sua família estariam morando em breve na cidade com tudo o que precisavam; minha casa e os bens materiais dentro dela se tornariam artigos de museu e pesquisa; ninguém soube que eu era o Jasper Whitlock em pessoa; ninguém descobriu que eu era um vampiro sanguinário, e; eu estava com o meu antigo diário.

Mesmo assim, eu ainda sentia que havia algo a mais para me preocupar. Algo que me prendia ali, e que eu deveria encontrá-lo antes de fazer quaisquer escolhas...

Fui caminhando pela casa esperando que meu coração me dissesse o que eu ainda estava procurando. Em cada cômodo que eu passava, eu permanecia alguns segundos parado a espera de uma resposta.

No quarto de Bryan eu permaneci alguns segundos a mais do que os demais... De alguma forma, eu esperava que fosse a lembrança dele que me fazia sentir assim, mas não era.

Passei pelo quarto de meus pais e também não houve nada. No entanto, havia algo em meu quarto. Eu esperava tudo, menos que o que me prendia ali ainda estivesse em meu quarto.

Entrei incerto. Ok, eu estava assustado, mesmo que não gostasse de admitir isso. De todos os cantos da casa, o único lugar que me fazia continuar era o meu quarto, o local onde eu já tinha passado a noite e não tinha encontrado mais nada.

Mesmo assim, eu tinha de descobrir o motivo que me prendia aqui.

Sentei na beirada da cama e fiquei olhando para os cantos do quarto, e o chão de madeira. Tudo estava exatamente igual há quase um século. Não havia nada a encontrar, e isso me incomodava.

Deitei na cama e fechei os olhos. Talvez fosse isso o que eu precisava, de um pouco de humanidade. Fiz de conta que estivesse dormindo, e isso apenas aperfeiçoou ainda mais os meus outros sentidos.

Alguns carros se cruzavam nas estradas, pessoas conversavam... As coisas de sempre.

Abri os olhos sem vontade de me levantar, ficar aqui, na verdade, era uma sensação muito boa. Eu me sentia... em casa, literalmente.

Fiquei encarando o teto de madeira branca e o lustre todo empoeirado. Quando a pouca luz do dia batia em seus cristais, ela revelava uma imensidão de cores. Havia reflexos por todo o teto, o que faziam parecia ser vários arco-íris... O que me fazia lembrar minha infância.

Assim que pensei nisso, em quando eu não passava de um pequenino moleque, senti uma forte pontada em meu peito. Havia algo a se encontrar aqui, e isso pertencia ao meu passado, mais especificamente de quando eu era criança.

Eu estava confuso, e ficava mais ainda enquanto tentava descobrir o que, afinal de contas, eu precisava ainda.

Eu não poderia demorar muito, pois a mãe de Eva ainda estava aqui na casa, e em breve, Eva poderia voltar. Não seria algo bom, pelo menos para mim, estar aqui quando ela voltasse. Eu teria de lhe explicar muitas coisas, talvez coisas até demais, e eu não estava a fim de correr estes riscos...

Não agora!

Se algum dia sua vida estivesse em perigo, talvez eu lhe conte então. Mas enquanto ela estiver assim, bem, não conto a verdade nem se ela me pagasse! Até por que o verdadeiro tesouro de minha vida, eu já consegui salvar...

Agora eu tinha de procurar por algo...

Levantei-me e fui para o guarda-roupa. A roupa que eu estava tinha se sujado um pouco na volta da prefeitura, e eu queria vestir algo novo. Algo... meu!

Comecei a puxar as roupas que estavam guardadas, todas dobradas com perfeição. Mas a perfeição só durou até aquele momento, pois eu acabei fazendo a maior bagunça ali dentro.

Eu me arrependeria depois...

Peguei uma camisa de coloração clara, e uma calça cinza. Troquei de sapatos, peguei emprestado do antigo “eu” uma pequena mochila para guardar o diário e mais alguma roupa, que escolhi ser mais uma camisa.

Olhei em volta pela última vez. Não havia nada a encontrar.

Comecei a contar tudo o que eu já tinha xeretado. Tudo já tinha sofrido em minhas mãos, pois todos estavam no chão ou rachados – por que, sem querer, acabei segurando com força demais uma jarra de água que costumava ficar em meu quarto. Ela me trazia boas lembranças, e por fim acabei não tendo a delicadeza para segurá-la sem estragar.

Eu me sentia um brutamonte às vezes... Principalmente com objetos tão quebráveis quanto à jarra de porcelana...

Comecei a andar em círculos pelo quarto. Foi só então que tropecei em meu antigo baú, o que eu já tinha revirado antes. Talvez, quem sabe... Não faria mal a mais ninguém fuçar mais um pouquinho.

Além de que não seria fuçar nas coisas se as coisas são suas, na verdade...

Levantei a tampa do baú por completo, deixando-a apoiada no pé da cama. Não havia nada de diferente de quando eu tinha revirado à noite, nada tinha aparecido lá de repente.

Mas, então, percorreu-me a ideia de que eu pudesse ter deixado algo passar despercebido. O que fazia sentido, visto que eu estava tão emocionado ao reencontrar meus velhos brinquedos.

Fui retirando os pedaços de brinquedos novamente, e assim esvaziei o baú de novo. Fiquei desesperançoso, afinal, eu realmente estava achando que ali estava o que eu procurava.

Levantei-me e chutei o baú, agora com raiva, mas não forte o suficiente para estragá-lo. Isso seria como dar um tiro no próprio peito – apesar de que... Não, ok, deixa para lá...

Assim que ele chacoalhou ruidosamente, percebi um mero brilho no fundo escuro do baú. Olhei diretamente para lá, e percebi que havia um brinquedo. Sim, mais um brinquedo que provavelmente estaria quebrado, mas... Não, este não estava quebrado, só estava perdido!

Ele estava solitário assim como eu, então resolvi dar-lhe uma oportunidade e mostrar-lhe a pouca luz do dia que irradiava lá fora. Ele estava incrustado em um dos cantos, portanto deve ter permanecido aí por quase, se já não for, um século.

Quando o senti em minhas mãos, soube na mesma hora que era ele quem eu estava procurando: o soldadinho de chumbo que eu costumava brincar com meu irmão. O mesmo soldadinho que eu tramava estratégias e táticas de guerras para invadir o território inimigo, geralmente meu irmão, e destruir tudo que havia em sua posse.

E também foi com ele que me lembro ter ganhado algumas broncas de minha mãe e avó, pois eu gostava da conquista e da glória de uma guerra, enquanto elas duas tentavam me repreender por pensar nesses tipos de coisas desta forma...

Nunca dava certo, é verdade, pois eu apenas continuava brincando de soldado mais e mais.

Quem diria, não?! Eu brincava de soldado quando pequeno, e mal sabia que quando crescesse, fosse me tornar não só um major da Guerra Civil Americana, quanto um vampiro que também lutava para manter os territórios no México.

Ainda sou um soldado, e creio nunca deixar de ser. Continuo ainda lutando, mas agora os objetivos não são os mesmos.

Se continuar pensando assim, posso afirmar que todos são soldados, pois todos lutam por algo.

Atualmente, por exemplo, luto contra o monstro sanguinário existente em mim. O monstro que insiste em fazer com que eu me alimente de sangue humano, com que eu mate pessoas para que eu possa sobreviver...

Isso não é algo bom a se listar como objetivo, mas que alternativa eu tinha? Apenas lutar o máximo que eu podia, mesmo que isso que fizesse sofrer!

Pronto! Chega!

Eu já estava em meu limite, e finalmente sentia que tudo estava dando certo. Eu tinha tudo o que precisava e os problemas estavam solucionados. Era a vez de partir novamente, agora, para um novo lugar!

Sem mais estradas, paisagens ou pessoas conhecidas... Eu queria mudar para ser alguém, e eu sentia que se quisesse mesmo isso, eu teria de sofrer as consequências de meus atos.

Pois então eu assim o faria.

Lugar novo, pessoas novas!

Saí da casa e corri para bem longe dela, sem me preocupar com a direção. Embaixo da sombra de uma grande árvore, parei para pensar melhor.

Havia algo ou um lugar que eu gostaria de conhecer?

Tentei, tentei, mas não consegui pensar em nada, então abri o diário para ver se eu poderia ter alguma dica. E justo na primeira página eu encontro um nome: Edgard Allan Poe. O escritor tinha morrido mais ou menos naquela época.

Pensei no nome, e me lembrei de ter ouvido que sua casa estava em exposição em algum lugar lá na Filadélfia, Pensilvânia.

Ok, este seria meu novo destino: Filadélfia!

Solitário - Capítulo 58: Assuntos A Resolver

Eu não precisaria dos lençóis, nem de mais nada além do que eu estava procurando. Só havia um pequeno problema: eu não sabia o que eu deveria procurar.

Fui até o antigo baú. Abri sem muita dificuldade, mas percebi que ele não abria há muito tempo. Fui puxando alguns pedaços de brinquedos, e então eu encontrei lá o que deveria estar procurando.

Havia um livro de capa de couro bege. Ele estava sujo, mas o limpei em minha camisa, e vi que era o meu diário. O livrinho que eu escrevia às vezes quando era pequeno... Quando eu era mais velho também...

Enfim... Resolvi o folhear.

Tudo estava lá, e aquilo fez com eu atingisse o máximo da nostalgia. Se eu pudesse chorar, eu já estaria com o rosto todo molhado. Isso me envergonha, mas é a verdade, e eu estava grato por ninguém estar dividindo esta cena neste quarto...

Em cada página amarelada, eu encontrava a data na parte superior. Logo abaixo, eu escrevia em resumos rápidos o que aconteceu nos devidos dias anunciados.

Nunca gostei muito de escrever, para ser sincero, mas eu falava apenas o que eu precisava expressar. Aquelas coisas que nenhuma mãe deixaria um filho falar, sabe?!

Continuei folheando tentando afastar a dor em meu peito. Eu era feliz e não sabia.

Quando pequeno, eu apenas queria ser uma boa pessoa. Nada mais, nada além. Não me importava com a minha profissão, se casaria ou se teria muitos filhos. Isso não me interessava... Eu só não queria ter pensado assim, pois agora, é desta forma que me encontro. Sem trabalho, mulher e filhos...

Não posso dizer que me sinto feliz da mesma forma que eu achava que seria... A realidade é muito mais cruel do que quando imaginamos a situação. Eu prefiro o mundo da fantasia, onde tudo o que machuca, na verdade, não dói...

Fiz esta metáfora, pois escrevi algo relacionado a alguma história que minha mãe tinha lido para mim e meu irmão em um lindo dia de Sol, embaixo de um grande e majestoso pé de toranjeira.

Naquele tempo eu ainda podia sair no Sol sem me preocupar em brilhar, em chamar a atenção. Eu era uma aberração do mundo hoje, e minha mãe teria horrores se me visse. Eu só esperava que, sendo o amor em pessoa como ela era, ela fosse um anjo que protegeria a mim e a família de Eva.

Era a única coisa que precisávamos!

Comecei a sentir sede. A queimação em minha garganta começava a tomar um nível bem mais alto do que eu já pude aguentar. Se não fosse tão doloroso como estava se tornando, provavelmente eu ficaria brincando que eu estava batendo o meu recorde.

Mas a minha situação não era favorável, ainda mais com uma descendente de Cris a poucos passos de onde eu me encontrava!

Eu tinha de dar um jeito nisso. Abri a janela e a prendi aberta com os fechos laterais. Saltei para fora, eu teria de dar um jeito de me alimentar o quanto antes, e teria de me contentar com pouco! Ou, pelo menos, com o suficiente!

Não precisei ir longe para encontrar comida. Dois bêbados estavam caídos batendo as garrafas em tom de brinde. Eles estavam quase que inconscientes, e isso estava a meu favor.

Eles eram a minha caça, e eu era o caçador. Nada poderia mudar o destino dos dois. Eles eram apenas dois infelizes entregues à morte. Eu era a morte. Eu decidia se eles viviam ou morriam.

Eu era uma má pessoa, mas já estava me conformando com o fato... Não havia nada mais a se fazer...

Não poupei esforços, não queria demorar a voltar ao meu quarto. Simplesmente cheguei em minha velocidade vampírica até eles, que reparou a minha existência fora do comum, e ficaram assustados. Muito assustados, só não conseguiam correr.

Pude sentir que os pelos de suas nucas se eriçaram. Era assim que a caça reagia ao seu caçador. Este era o alerta, e eles estavam totalmente inertes a ele. Se pudesse fazer algo, se estivessem conscientes, tenho certeza absoluta que eles correriam com o máximo de força que pudessem.

Mas isso não ocorreu.

Cravei minha mandíbula. Pelo pescoço, eu atingi a veia que direciona todo o sangue para a cabeça, a carótida, a melhor veia que um vampiro pode atacar. Ela era o sonho desses... monstros... como eu!

O seu corpo ficou imóvel no chão, e então parti para o próximo. O outro nem se manifestou contra, o primeiro pelo menos tentou lutar contra no começo.

O líquido quente era transferido do corpo do homem para o meu. Senti que minhas forças, energia estavam se completando novamente. Isso era uma sensação boa, mas que duraria pouco. Em breve, toda a dor e o pesar pelo meu ato voltariam com força contra mim...

Peguei os corpos sabendo que eu tinha de dar um fim neles. Levei-os para fora da cidade, e os enterrei perto de uma árvore. Se eles tinham alguém, família, pelo menos iria demorar a encontrá-los. E este seria o meu tempo útil de estadia.

Eu não queria me expor mais do que eu já estava disposto. Eu continuava aqui por apenas uma razão, uma única razão: saber qual seria o destino de minha antiga casa, os pertences da família e pegar o meu antigo diário de quando eu ainda era menino – ou humano, como preferirem...

Voltei para a casa de meus pais. Entrei de novo pela janela frontal, a do meu antigo quarto, mas não havia sinal de movimento pela casa. Todas estavam dormindo tranquilamente – Eva e sua mãe que está de cama. A respiração tranquila das duas e o silêncio da casa me convidavam para uma voltinha aos cômodos.

Saí de meu quarto e fui para o corredor, eu queria dar uma olhada no resto da casa.

Bem, o quarto dos hóspedes nunca me agradou, então não quis perder tempo. Fui em direção ao cômodo de onde vinha a respiração das duas mulheres, o quarto de meus pais.

Abri a porta vagarosamente tentando não fazer qualquer ruído que fosse. Se Eva me pegasse acordado em seu quarto no meio da noite, o que pensaria? Isso não seria bom, ainda mais ela não sabendo que a casa, na verdade, é minha. Minha antes mesmo de ser dela!

O assoalho era o mesmo, como em todo o resto da casa. As paredes receberam apenas uma demão de tinta desde quando saí, mas era o mesmo tom de quando eu ainda morava aqui.

Alguns móveis ainda continuavam lá no mesmo canto que minha mãe gostava de deixá-los. Muitos deles, aliás, estavam em bom estado de conservação. A madeira não aparentava ter sinais de riscados nem buracos causados por pragas. O estofado da poltrona de canto, na qual eu fiquei sentado por algum tempo, tinha algumas manchas amareladas, mas nada que atrapalhasse a visão das flores vermelhas e rosas que minha mãe tanto amava...

A penteadeira estava no mesmo lugar, mas o espelho tinha sido trocado recentemente. Este era novo e tinha uma boa visão, enquanto os antigos eram turvos. A gente não enxergava perfeitamente antigamente!

Os lustres, os castiçais, tudo estava igual. O guarda roupa tinha tomado espaço de uma grande parede, mas não me incomodei com ele – ele não veio da minha família e não cobriu algum desenho bonito da parede.

Resolvi deixar o quarto para trás – eu já tinha ficado tempo demais por lá. Estava amanhecendo e se eu continuasse lá, Eva poderia acordar e levar um baita susto comigo. Poderia até me expulsar de minha própria casa.

Desci para a sala e depois fui para a cozinha dar uma olhada. Algumas coisas continuavam do mesmo jeito, outras não, mas agora eu já não tinha mais tempo para ficar reparando nesses detalhes.

Dei-me conta de que o dia já tinha nascido por completo somente quando ouvi passos descendo as escadas. Eva me encarou com uma cara péssima – a cara de quem acorda após uma longa noite de sono mal dormida.

“Bom dia!”

“Belíssimo dia!” respondi tentando a animar, então resolvi manipular seus sentimentos.

“Nossa... de repente, nossa...”

“O que?” me fiz de inocente, afinal, ela não sabia de nada mesmo!

“Ai ai, me sinto tão bem hoje! E foi bom eu acordar assim, sabe?! É que vai ser hoje o leilão com as demais famílias antigas da cidade. Precisamos vender tudo...”

“Não tem como não vender mesmo?”

“Não, Peter... é triste, mas não temos alternativa!”

“Mas por que, afinal das contas, vocês precisam se mudar?”

“Por vários motivos: recebemos um aviso para deixar a casa, pois ela pode cair a qualquer momento, mas o mais engraçado é que não sentimos ou vimos qualquer motivo físico para deixá-la...”

“Então por que vender?”

“Mas esse não é o único problema...”

“E qual é o outro?”

“Os impostos estão caros, e estamos com muitas dívidas na família...”

“E se... e se eu falasse com a pessoa que cobra esses impostos de vocês para amenizarem?”

“É impossível, já tentei uma vez...”

“E o que a pessoa disse?”

“Que eu era uma pessoa muito carismática e simpática, mas que isso não pagava as nossas contas!”

“Isso é patético! Eu darei um jeito, não se preocupe!” – eu fiquei chateado com a venda de minha casa. Ela era a única coisa que eu tinha e ainda queriam tomá-la de mim... Ha! Eles só irão tomá-la se passar por cima de meu poder, até porque de meu cadáver não tem como eles passarem...

“Não, Jasper, você só irá piorar as coisas” – como ela sabe? Ele mal me conhece!

“Não posso nem tentar?” tentei argumentar contra.

“Você não precisa se incomodar...”

“Incomodar mais? Eva, isso é o mínimo que eu posso fazer já que você me deu local para passar a noite. Não posso te dar nada em troca!” – afinal, você também é parte da minha família...

“Mas... Ah, não sei, Jasper...”

“Deixe-me tentar, pelo menos!”

“Olhe, realmente não sei, eles não são pessoas fáceis de lidar!”

“Não se preocupe com isso!” – pois eu sou um vampiro e sei manipular as emoções, baby, acrescentei mentalmente.

“Ok, então irei com você!”

“Hmmm...” comecei a fazer uma careta. Ela não precisava ser teimosa assim! Não comigo!

“Jasper, por favor, somos nós quem moramos nesta casa, portanto, quem tem de ir lá sou eu. E já que você está querendo tanto tentar, eu irei junto!”

“Ok, então... Que horas partimos para a cidade?” a questionei.

“Assim que eu der o remédio para minha mãe e terminar de me arrumar” ela disse mexendo em algumas coisas que fediam de um... de um... sei lá, um negócio grande bege que, quando aberto, saía um ventinho frio... “O que prefere para o café da manhã?”

“Eu?... Ah, não, não, obrigado, não estou com se... fome!” – quase!

“Saco vazio não para em pé! Vai, me diz do que gosta!”

“Ah... Não estou com fome agora, mas eu poderia comer algo depois quando estivesse...”

“Ok, então... Se acha melhor assim!” ela disse e já se dispôs a mexer em algumas panelas e frigideiras. Ela quebrou um ovo e fez uma omelete, que cheirava muito bem, aliás. Depois passou um pouco de manteiga em um pedaço de pão, e se sentou para comer tudo com um copo de suco de laranja.

Enquanto comia, íamos planejando o que falar com o prefeito da cidade.

* * *

“Bom dia, queremos falar com o prefeito Roadwood!” Eva pediu a secretária, uma mulher roliça de cabelos presos. Ela revirou a boca em sinal de reprovação, mas ela não me assustava...

“E quem deseja?” a ignorante sentada atrás da mesinha perguntou.

“Eva Whitlock e Peter Black.”

“E qual o assunto?”

“É a respeito da nossa casa, e precisamos ver se...” – a criaturinha redonda interrompeu Eva... Eu não gostei dela!

“Então não tem mais o que conversar, senhora Whitlock. Tudo já foi passado para a senhora há muito tempo, e você apenas tem de cumpri-las!” – eu realmente não gostei da secretária.

“Mas é rápido...”

“O prefeito está ocupado no momento!”

“Ok, qual seu nome?” perguntei-a.

“Por que quer saber?”

“Só quero saber!”

“Amanda Bradley.”

“Muito prazer, senhora Bradley” ofereci minha mão para cumprimentá-la, sem me preocupar se ela acharia que minha mão estava fria ou não. Ela retribuiu o aperto de mão, e essa era a minha deixa. “Nós gostaríamos de entrar e falar com o prefeito. É urgente!”

Ela ficou atordoada, mas então respondeu.

“Sim, claro, por aqui!” ela se levantou e foi em direção a um corredor atrás de uma porta. Pusemos-nos a segui-la, e então chegamos a uma porta de mogno bem trabalhada. Ela a abriu, o que nos mostrou uma bela sala de reunião com apenas um senhor sentado em uma das pontas. O prefeito, provavelmente.

“Sim, senhora Bradley?” o prefeito disse.

“Eles precisam falar com o senhor com urgência” ela disse ultrajada, “e como o senhor está aí sem fazer nada mesmo!!!”

“Ora, mas como se atreve? Em anos de trabalho nunca fez algo assim, Amanda!”

“Bem, estou sendo inteligente desta vez!”

“Está sendo inteligente e também demitida! Nunca mais volte aqui!” – ele apertou um botãozinho em um aparelho branco e chamou alguém. Ele apenas ficou nos encarando até que a pessoa chegou e levou a senhora para longe. Outro homem de terno também quis nos levar, mas só conseguiu arrastar alguns centímetros Eva... Eu continuei no mesmo lugar como se ele sequer tivesse tocado em mim.

Continuamos na sala.

“Precisamos falar com o senhor!” – fui a sua direção, e quando estava bem próximo, o manipulei para uma resposta positiva.

“Claro! Você” ele disse ao homem, “pode ir.”

Eva ficou boquiaberta. Preferiu não dizer nada, só observou o que houve a seguir.

“Prefeito, o senhor não pode despejar a família Whitlock de sua morada! A casa é um antigo bem da família, e assim deve continuar! Qual a sua opinião?”

“Eu concordo extremamente com o senhor, senhor...”

“Black.”

“Senhor Black, eu concordo. Escreverei agora mesmo uma carta de retirada da demolição da casa...”

“Só da demolição?”

“O que mais quer? Pode dizer por que eu posso fazer tudo, senhor Black! Tudo o que eu quiser!”

“Então escreva em um papel o que eu lhe falar o que é melhor para esta família!”

Ele concordou com o que eu disse, pegou um papel, pegou uma caneta e um tinteiro. Começou a molhá-la e então olhou para mim esperando que eu lhe ditasse o que deveria ser feito.

“Como símbolo cultural e histórico, a antiga casa dos Whitlock passará por uma reforma. A casa não será mais demolida, e será o novo museu da cidade. Tudo pertencente à família de 1860, de quando se conta a história, deverá permanecer lá e ser protegido não só por forças humanas, mas pela lei também! Os residentes atuais deverão se mudar para uma linda e confortável casa na cidade, sendo que esta deve se encontrar perto de um hospital e escola para as futuras gerações. As dívidas da família devem ser extintas.”

Pausei para ver se ele tinha me acompanhado.

“Agora assine embaixo.”

Ele assinou e pediu pelo aparelho branco que outra pessoa viesse à sua sala novamente. Outro homem de terno escuro entrou.

“Faça uma cópia desse papel e distribua a todos os secretários e políticos. O que está aqui deve ser posto em prática desde já!”

O homem concordou e pôs-se a retirar.

“Obrigado senhor prefeito!”

“Eu é que agradeço por me fazer acreditar no que é melhor para a cultura de nossa cidade. A história deve ser preservada!”

“Sim, deve mesmo!”

“Senhorita, se preferir, pode ir comigo escolher a sua casa agora mesmo. O que acha?”

“Eu... eu... eu... não... sei...” ela estava insegura, mas estava confusa acima de tudo!

“Pode confiar nele, Eva!”

“Como conseguiu fazer isso?”

“Carisma! Nunca lhe disseram isso?”

“Sim, minha mãe dizia para mim quando eu era pequena.”

“Pois a mim também diziam... Engraçado, não?!”

“Bem... sim...”

“Ok, então... Boa sorte” fui até ela e apertei sua mão, enviando-lhe uma onda de otimismo e confiança. Ela mudou de posição, inflou o peito e uma fisionomia mais alegre iluminou seu rosto. “Cuide de sua mãe e de seu marido. Passe bem aqui em Houston. Agora está na hora de partir...”

“Ah não... Precisa mesmo? Não tem tempo nem para um chá? Você nem tomou seu café da manhã!” ela se preocupou.

“Tenho ainda ele embrulhado em seu lenço, Eva. Se não se importar, posso ficar com ele, então?” – afinal, o lenço dela era o mesmo lenço bordado com rendas nas bordas de minha mãe.

“Sim, claro, desde que tome seu café quando precisar!”

“Sim, tomarei!” – nossa, estou me superando nas mentiras!!! “E não se esqueça de cancelar o leilão!” Ela concordou com a cabeça.

Desfiz-me do cumprimento e saí da sala, olhando para dentro enquanto ainda fechava a porta. Tudo estava bem novamente. Meus familiares iriam agora morar na cidade com conforto e com tudo o mais que precisassem. Minha casa se tornaria uma propriedade histórica, e seria um museu. Tudo lá permaneceria intacto, e nada mais seria espalhado por aí...

Para Sarah ;D

Sarah disse...

http://crepusculoficsbr.blogspot.com/

Hã, não entendi muito bem o que você quer... Você quer trocar links ? o.o

Bjoooos'

Para Vivi ;D

Vivielen Vendramini disse...

Uia... vou ver se eu encontro o livro pra ler...

E da materia, que legal que vc gostou... mas euf iz ela meio que rapidinho, então, sei lá... as vezes faltou alguma coisa...

Do cd, baixa sim tds! eu adoro tds as musicas desse cd do Paramore (Brand new eyes) - lá no 4shared.com tem todos, pq foi lá que eu peguei elas!!
hihihihi

^^

eee...

CARAAA... SOLITÁRIO ACABOOOOOOOOU!!
nossa, chorei tanto!
ahahahaah... tudo bem que eu sou uma pamonha msm (chorei quando o Dumbledore morreu, em Lua nova quando o Edward largou da Bella - detalhe, no livro eu não chorei, chorei no cinem! ó o vexame!!! - do Dumbledore eu chorei nos dois, no livro e filme, mas como eu achei meio estranho esse filme, eu acabei chorando mais no livro... eu soluçava gente... a louca!!!)



Enfim...
vc tá postando a ff do Damon né?
tô adorando ela!

conversei com as meninas e ela sdisseram que vao começar outra ff semana que vem já!

tô iper mega curiosa... será que é a da Jéssica?


bjsss

Lê siim, é muiito bom! ;D

Eu achei a matéria super completa, porque tipo, é para as pessoas que não conhecem o desenho e querem conhecer... É como se fosse uma introdução à Avatar... ;D

Baixeii todas as músicas e já estou escutando! Várias delas eu conhecia, mas essas outras são muito booas! *--*

Solitário acabou mesmo... ;/// Ah, o final foi muito legal, muito muito muito! *--* Ainda tenho que comentar lá, mas eu lii e ameii! :D :D :D HAUHAUHAUA', eu já chorei também em alguns livros... Um deles foi Diários do Vampiro: A Fúria, Harry Potter (o último, quando o Dobby morreu...) e House Of Night, o segundo, eu acho... * SPOILER * SPOILER * SPOILER * quando a Stevie Rae morreu... * SPOILER * SPOILER * SPOILER *...

Ahaam, a ff' do Damon é muito legaal! *--* Adorei a mistura do universo de VD e de Crepúsculo! (:

Eu vi num aviso no blog delas que semana que vem vão começar as ff's do Mundo Alternativo... Nas sextas vai ser postado "E se Jasper não tivesse se transformado..." e nos sábados "E se Alice salvasse Emmett..." Mal posso esperar por essas novas ff's! :D :D :D

Valeu por comentar! ;D

Bjooos'

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Alma & Sangue: O Despertar do Vampiro

Gentee, eu lii esse livro e adorei! É muito bom mesmo! E não vale falar que é imitação de Crepúsculo e tal, pois ele foi escrito antes, em 2002, se não me engano. Mas eu achei uns pontos bem parecidos com Vampire Diaries, mesmo assim o livro é ótimo!

Ele conta a história de Kara Ramos, uma restauradora que recebe o trabalho de restaurar (essa frase ficou tão feiinha ;s) uma antiga mansão, para o dono que está chegando ao Brasil. O problema é que numa noite ela fica trabalhando até tarde, e acaba despertando um vampiro, chamado Jan Kman. No início ele é um pouco grosso com ela, mas depois mostra seus verdadeiros sentimentos, e os dois apaixonam-se. Nisso, misteriosos ataques de vampiros começam a acontecer na cidade, e as vítimas estão sempre vestidas de robes vermelhos. E Kman conta a Kara que ela é a próxima vítima, e ele precisa protegê-la a todo custo, até mesmo com sua vida. Mesclando romance, terror, aventura e mistério, Alma & Sangue: O Despertar do Vampiro é um livro que prende o leitor até as últimas páginas, e o início empolgante de uma série de muito sucesso no Brasil. O livro é escrito por Nazarethe Fonseca! ;D

Aí está a dica... Vale a pena! ;D

Bjooos'

Solitário - Capítulo 57: O bom filho retorna à casa!

Bati de leve na porta, mas alto o suficiente para que a pessoa que estivesse ali dentro escutasse, pois havia um intenso movimento. Fiquei esperando na soleira que alguém atendesse, e uma fina voz feminina gritou.

“Um minutinho, por favor!”

Ok, eu esperaria esse “minutinho”.

Ali parado, comecei a reparar na paisagem e a comparar com as imagens que eu tinha em minha memória. Eram basicamente as mesmas. As plantas ainda eram rasteiras, havia ainda as árvores frutíferas e as que não eram. Alguns animaizinhos, como besouros e formigas, caminhavam por ali também. O antigo poço estava tampado com uma grande e, provavelmente, pesada pedra.

As únicas diferenças eram que, as árvores estavam maiores e pareciam mais cheias de vida – ou pode ser que elas sempre tenham sido assim, era a imagem que eu tinha em mente que estava distorcida – e o estado da casa, que agora já estava escura. Em alguns cantos ela estava em tons mais escuros do que o normal – devia ser algo relacionado a água, pois cheirava a isso... Devia ser algum tipo infiltração ou bolor...

Isso era comum, mesmo em um lugar tão quente como o Estado do Texas.

Ouvi uns passos vindo em direção a porta, e então rapidamente mudei minha postura.

Uma senhorita aparentando ter os seus trinta anos, de expressão carinhosa, cabelos loiros e olhos azuis – ambos da mesma cor e formato que os de Cris – abriu a porta e me recebeu calorosamente.

“Boa noite, em que posso ajudá-lo rapaz?”

“Boa noite, senhorita. Sou Peter Walker, e estou de passagem.”

“E o que precisa?”

“Eu gostaria de saber se esta é a casa da família do homem da estátua na entrada da cidade!”

“Sim, sim, é esta sim!”

“É um prazer conhecê-la, senhorita...”

“Eva, Eva Whitlock.”

“Prazer em conhecê-la senhorita Whitlock” – era estranho chamar de senhorita outra pessoa que tinha o mesmo sobrenome que o meu!

“Por favor, me chame apenas de Eva!”

“Sim, Eva...”

“Bem, venha, entre!” ela liberou a passagem, e eu entrei. Para minha surpresa, os mesmo móveis de quando eu morava aqui ainda continuavam aqui. Apenas algumas coisas mudaram, como o estofado do sofá, o tapete e a posição de alguns objetos de decoração de minha mãe.

Perdi-me com a visão. Aquilo foi emocionante para mim, poder voltar à minha casa. Era como se, finalmente, após quase um século, eu pudesse finalmente voltar para o meu aconchego.

Senti o calor crescer em meu peito. Eu estava em casa. Eu estava onde eu precisava estar, e eu tinha certeza disso!

“Rapaz?” Eva me tirou de meu devaneio.

“Sim, desculpe-me!”

“Claro, à vontade, jovem!”

“É muito... bonito, não?!”

“Sim, é tão linda essa sala... É um dos poucos lugares da casa que minha mãe manteve as coisas de nossos antepassados, sabe?!”

“É? Por que o resto mudou?”

“Ela dizia que se sentia chateada deixando as coisas como estava há décadas. Ela resolveu mudar algumas coisas de lugar então, como a cozinha e alguns quartos, mas não foi nada ao extremo!”

“Sim, percebo!”

“Como? Desculpe-me?”

“Ah, quer dizer, é boa uma mudança de vez em quando, não?!”

“Bem, sim, de vez em quando... Desculpe-me a arrogância, por favor, mas o que faz por aqui? Como chegou a esta casa?”

“Eu estava de passagem por aqui, na região, e resolvi parar, sabe?! Entrei e vi aquela estátua de bronze, e então conheci um senhor que estava contando a história do homem para sua neta. Eu pedi para que ele me contasse também, e então fiquei curioso e vim ver a casa.”

“Sim, Jasper Whitlock.”

“Ele mesmo!”

“Venha, sente-se” ela disse apontando para o sofá, e então segui seus passos e sentei em uma das poltronas macias. “Sabe, ele foi um membro desta família, os Whitlock. A família deles era bem conservadora na época, mas também eram muito simpáticos. Mais do que os demais daqui da região. Eles eram famosos na época. Todos gostavam deles!”

“Sim, ouvi algumas histórias também por aí...”

“É. Foi Jasper quem trouxe minha avó para cá, sabe... Ela era de Galveston, morava no Norte da Ilha, mas na Guerra toda sua família foi morta, e ela não tinha mais com quem ficar. Aí conta a história de que, quando os soldados de lá trouxeram as mulheres e as crianças para a base deles para trazê-los para cá, para Houston que não estava em Guerra, ela não conversava com ninguém, mas acabou fazendo amizade apenas com uma pessoa.”

“Com Jasper!” – comecei a me lembrar de tudo o que havia realmente acontecido. Cris estava sentada cabisbaixa em um canto do quintal da base, e então fui conversar e depois pedi aos outros soldados comida para lhe dar.

“Sim, ele foi a única pessoa que a compreendeu. Ele sempre foi uma ótima pessoa, minha avó dizia a minha mãe... Minha mãe, Antônia, me conta as histórias até hoje. Ela sempre se lembra de algo, sabe?!”

“Você gosta dessas histórias?”

“Sim, gosto das histórias da família e do Jasper” – Jura? Eu sei de várias, inclusive de terror... “Gosto da história da minha família. Dessa família em específico, quer dizer...”

“Como assim?”

“Se não fosse por Jasper, creio que eu não estivesse viva. Minha avó teria ficado para morrer de fome, se é que não fosse morta entre os combates com as bombas, as metralhadoras... Ele a salvou e salvou toda a geração seguinte. Eu tenho de ser grata a ele por isso” – de nada, disse mentalmente.

“Ele fez isso mesmo?” – eu sabia que eu tinha feito, mas eu estava gostando de ser elogiado por uma descendente da minha pequenina e indefesa Cris...

“Sim, ele salvou não só a minha avó, Cris, como a família dele também!”

“Por que acha isso?”

“Por que a mãe dele gostava de escrever e ler as coisas, mesmo que escondido de seu marido, pois ele achava que mulheres não tinham de saber essas coisas... Essas coisas pertenciam apenas aos homens, e apenas algumas mulheres tinham acesso à leitura.”

“A tia de Jasper sabia, não é?!”

“Sim, como sabe?!”

“Ouvi bastante dele por aí!”

“Bem, sim, a tia dele, a Berry, era a sua professora particular.”

“É mesmo, tia Berry” disse em tom mais introspectivo do que eu deveria permitir transparecer, mas ela pareceu não perceber isso.

“Isso. A mãe de Jasper, Mary, gostava de escrever, e quando Jasper saiu de casa deixando-lhe uma carta, ela ficou muito triste, e então para aliviar sua tristeza, ela escrevia cartas para sua irmã que tinha se mudado do campo para a cidade.”

“Você tem essas cartas?”

“Não, não, na verdade... Elas ficaram com a tia de Jasper, e ninguém sabe onde elas foram parar. Alguns dizem que ela as enterrou, outros dizem que ela as queimou, mas ninguém sabe o porquê, o motivo.”

“Ahn, que pena!”

“Você se interessa por essas coisas? História?”

“Sim, eu gosto de... de histórias locais, sabe...”

“Hmmm... isso é muito legal, sabe, conhecer os lugares. Também gosto muito, mas prefiro ficar aqui cuidando de minha mãe que está enferma.”

“O que ela tem?”

“Ela está com problemas no coração, assim como a minha avó, sabe... O doutor da cidade disse que ela não tem cura, então estou passando o máximo de tempo que eu tenho para ficar ao seu lado. Enquanto meu marido trabalha na cidade e volta apenas de noite, eu fico aqui com minha mãe.”

“Você é casada?”

“Sim.”

“Ele também é Whitlock?”

“Não, é Grayflier, mas o padre que realizou a cerimônia deixou que eu escolhesse o sobrenome a ser conhecida, pois a família Whitlock é conhecida aqui. Então preferi manter o sobrenome de solteira, mesmo estando casada.”

“O que seu marido faz?”

“Ele é professor de História em uma Universidade. Ele ensina várias coisas de nossa família, os Whitlock, sabe...”

“Legal, muito legal mesmo...”

“Sim. Hmmm... Peter, não é mesmo?”

“Sim.”

“Peter, aceita um chá? Algo para comer?”

“Ahhh... não, muitíssimo obrigado” – fiquei enjoado com a lembrança do que me aconteceu na última vez que engoli água...

Ela se levantou, foi até a cozinha e logo voltou.

“A carta de Jasper você tem acesso?”

“Não, não mais... Vários objetos da já foram doados ao museu de Houston. A carta está em exposição lá protegida por uma cúpula de vidro.”

“Você já a viu?”

“Sim, é linda a letra que ele tinha. E ele sabia como escrever. Era bem... poético, mesmo que trágico!”

“O que dizia a carta?”

“Ele andava muito triste desde a morte de seu irmão mais velho, Bryan, e muitos diziam que ele estava doente, mas na verdade ele não estava” – finalmente alguém me entendesse. Eu realmente não estava doente! “Ele só estava em luto ainda, mesmo após anos. Ninguém o entendia, e muitos o pressionavam. Isso só piorava a situação. Alguns médicos diziam que ele nunca mudaria, que nunca ficaria bom, e isso só deixava sua mãe mais triste ainda.”

“Mas ele nunca soube que as pessoas falavam isso dele, não é?!”

“Não, ele não ligava para o que os outros faziam ou pensavam em relação a ele. Ele era muito independente e responsável. Um exemplo de moço para todos os moços hoje em dia!”

“E o que mais havia na carta?”

“Ele disse que estava indo embora lutar, e que procuraria não voltar, se me lembro bem. Chegou até a dizer que deixaria a porta aberta para levar consigo toda a tristeza da casa. Por um lado isso foi bom, por que mostrava que ele se preocupava com sua mãe, mas... por outro, aquilo foi trágico, digno dos contos de romance dramáticos.”

“O que mais você sabe sobre ele?”

“Mais ou menos o que todos sabem... Que ele era um menino muito inteligente, mas odiava contas. O negócio dele era História. Ah, como ele adorava, me disse minha mãe... Ele era péssimo em Álgebra, Alquimia, Astrologia... essas coisas, mas em História ele era o melhor!” – sim, odeio números até hoje! “Ele também deixou alguns de seus pertences aqui quando saiu...”

“Esses pertences dele continuam aqui?”

“Sim, o quarto nunca teve nada tirado do lugar depois que ele saiu. A mãe dele fez questão de passar para Cris que as coisas deveriam permanecer naquele lugar. Cris, por sua vez, sempre ensinou a minha mãe o mesmo, que também me ensinou.”

“O quarto está aberto, então?”

“Sim, claro! Sempre vou quando posso lá. Adoro a vista que temos da janela!” – sim, era uma das coisas que eu mais gostava também...

“Posso ir dar uma olhada depois? Eu gostaria de conhecer!”

“Claro! Será um prazer levá-lo até lá... É maravilhoso ficar lá, é tão bom, sabe... Você se sente tão bem lá no quarto dele... É como se estivesse no lugar certo” – sim, eu entendo! “É como se você acabasse que por sentir a presença do Jasper lá dentro. Você se sente cheia de compaixão, de carinho, honestidade... Jasper sempre foi corajoso e honesto com os obstáculos. Ficar lá em seu quarto, não sei, parece que faz com que você sinta o mesmo!”

“Sei... eu gostaria muito de entrar lá e ficar alguns minutos, se você não se importa!”

“Não, claro que não me incomodo, você pode ficar lá o tempo que quiser... Sabe, ele se parece muito com você!”

Oh ow...

“Comigo?”

“Sim, muito mesmo, sabe?!”

“Nossa... quanta honra!” – mal sabe ela que o Jasper de que tanto ela fala, na verdade sou eu! Ah, se ela soubesse... Ficaria louca!

“Ah, Peter. Você tem onde passar a noite?”

“Não...”

“Pois então fique aqui comigo esta noite, pelo menos. Meu marido não virá está noite, pois terá aula amanhã de manhãzinha, então está hospedado em um hotel vizinho da Universidade. E está escuro demais para um jovenzinho como você sair por aí andando. Pode ser perigoso!” – ela me lembrava a minha mãe também... Deus, que saudade!

“Não, eu... não...” tentei argumentar contra.

“Por favor, é perigoso lá fora. Ficamos sabendo de alguns assaltos recentemente à noite, então você não tem mais alternativa. Você terá de ficar aqui... É pelo seu bem, jovem...”

“Mas...”

“Pode ficar com o quarto de Jasper, se quiser. Gostei de você, e algo me diz que você não estragará ou tirará do lugar os pertences dele, pelo menos por enquanto você não pode tirá-los...”

“Não, claro que não, mas... por quê?”

“A casa está com a estrutura fraca, e não tenho dinheiro o suficiente para reforçá-la, então estou embrulhando os antigos pertences para fazer um leilão com as famílias mais nobres e tradicionais daqui da cidade!”

“Por que as tradicionais?”

“Porque, por causa do Jasper, esta casa e seus pertences são valiosos aqui. A família acabou se tornando mais famosa do que já era na época, então não é nada mais justo do que manter os objetos com pessoas que sabemos que vão cuidar deles!”

“Ah... e não tem como não vender?”

“Não, precisamos de dinheiro para ir para a cidade também. Então, esse é o jeitinho que arranjamos. Não queríamos fazer isso, mas não temos alternativa...”

“Ah...” – agora eu tinha ficado chateado, realmente chateado...

“Então está tudo em perfeita harmonia por aqui. Já está tarde, estou cansada e acho vou me deitar. Vou levá-lo ao quarto e depois irei me deitar, tudo bem?!”

“Ah... eu...”

“Se estiver com fome, pode vir até a cozinha, que fica ali naquela porta” ela disse apontando. Segui sua mão e vi que a porta ainda era a mesma. Os mesmos entalhes e maçaneta. “Pode pegar o que quiser, e sinta-se à vontade!” – ‘a casa é sua, literalmente sua!’ só faltou isso para ela adicionar...

“Acompanhe-me” ela disse já subindo as antigas escadas, que agora rangiam mais do que quando eu vivi aqui. Fui passando pelas portas no corredor, e fui me lembrando do que havia dentro deles na minha época. O quarto de meus pais, alguns sem uso, o de hóspedes, o de Bryan e, finalmente, o meu.

Ela girou a maçaneta e abriu a porta. Entrei e tudo estava realmente do mesmo jeito que estava antes.

“Se precisar de algo, é só me pedir. Na banqueta há mais lençóis para se esquentar.”

“Obrigado!”

“Tenha uma boa noite!”

“Obrigado, para a senhorita também!”

Ela fechou a porta e então me sentei na ponta da cama. Eu me lembrava de tudo agora. Absolutamente tudo. Mas eu tinha de fazer algo ainda, eu sentia que tinha de fazer algo ainda!

Havia algo a ser encontrado, e eu passaria a noite toda procurando. Amanhã pela manhã, assim que Eva acordasse, eu iria conversar sobre o leilão, diria o que eu pensava a respeito e depois partiria. Eu seguiria em frente apenas quando me fosse permitido.

Solitário - Capítulo 56: Bronze

Eu tinha de fazer algo para voltar a ser o mesmo Jasper que sempre fui.

Tudo para mim estava errado, nunca estava certo. O simples fato de respirar, apesar de não me ser tão útil além das caçadas, me aparentava estar sendo feito de forma errônea. O fato de me alimentar, aliás, era errado...

Eu estava em uma crise de existência. Nada, nem ninguém sabiam quem eu era ou podia me ajudar.

Isso, além de mim, é claro...

Resolvi voltar para minha cidade natal, Houston, no Texas. Se viajando eu acabei recuperando parte das memórias que eu tinha escolhido apagá-las – com uma ajudinha, diga-se de passagem –, agora eu esperava firmemente que, voltando ao local de onde saí, eu pudesse saber mais de quem eu sou.

Percorri os mais dispersos campos entre Kansas e Texas, Estados vizinhos.

Passei por Wellington, Edmond, Oklahoma City, Denton, Mc Kinney, Dallas, Huntsville, Spring e, finalmente, Houston. Eu estava em casa.

Assim que passei por aqueles campos, as minhas memórias retornaram a minha mente. Tudo aquilo era familiar para mim. Tudo fazia parte de minha infância e da rebeldia de minha adolescência.

Pude ver, mesmo que de relance, alguns pés de toranjas. Ah, eu me lembro de ver algumas toranjas no quintal de minha antiga casa. Lembro-me dos doces feitos com as toranjas, e também lembro que eu adorava esses doces...

Será que minha antiga casa ainda existe? Eu lembro que eu tinha algo escondido em meu quarto, só não sei exatamente o quê era...

Só havia um jeito de descobrir, e era indo até lá conferir...

Mas, antes mesmo de descobrir onde é que minha casa ficava, ao entrar na cidade, dei de cara com uma grande estátua de bronze antiga. Já estava castigada, meio enferrujada por conta do forte Sol e as chuvas, mesmo que raramente acontecessem – pelo menos, naquela época em que morava aqui era assim...

Fiquei curioso. Eu queria saber quem era aquele, pois não me lembrava dela quando eu era pequeno – apesar de que... Poxa! Faz tempo de quando eu era pequeno, não?!

Enfim, resolvi bater as mãos para tirar o pó sobressalente de minhas vestes, tentei arrumar meu cabelo ainda rebelde e fui em direção ao monumento tentando não chamar a atenção.

Uma senhorita e um senhor ali estavam observando a estátua também, mas o homem parecia saber de tudo sobre a pessoa dali, e a mocinha anotava tudo em um caderninho. Ele era velho o suficiente para ser seu avô – e eu tinha idade o suficiente para ser seu tataravô... Ok, esquece!

Resolvi chegar de fininho, em velocidade humana me comportando como se fosse um humano qualquer, e então reparei nos dizeres da placa quase apagada:

“Jasper Whitlock, bravo filho desta terra mãe, que, por ventura, deixou o conforto de seu lar para derramar seu sangue, se preciso, ao ideal Sulista na Guerra Civil Americana.

Desapareceu em 1861 quando voltava para a base onde estava destinando toda sua força e concentração: Galveston.

Bênçãos e hurras ao nosso herói local.”

Ok, isso foi estranho. Soou completamente estranho.

Mas eu gostei!

Eu estava em perfeita harmonia com o mundo, de repente! Eu estava feliz e repleto de orgulho, pois, apesar de eu querer esquecer tudo o que pertencia ao meu passado, ninguém fez o mesmo de mim. Eles se lembraram de mim, e isso tocou fundo em meu coração.

Eu estava realmente feliz. Estava radiando felicidade... Tanto o suficiente para que o senhor e a menina parassem para me encarar. Os encarei em dúvida, mas eles estavam felizes – só não sei se era por minha causa...

“Desculpe-me, rapaz, mas o senhor está bem?” ele me perguntou gentilmente.

“Sim, sim, claro!”

“Nossa, como você é parecido com o moço da estátua, moço!” a senhorita me disse levemente assustada.

Olhei de volta para a estátua. Pensei bem... Nãaooo... Eu não sou tão feio assim! Esta estátua deve ter sido feita com base nas pinturas que minha família devia ter antigamente. E esta estátua também não deve ser nova, então, provavelmente, quem a fez, deve ter tido muitos infortúnios... Essa matéria prima não é fácil de manipular.

“É? Nem tinha reparado!” fui cínico... Eu minto mal, muito mal...

“Você é daqui?” ela me perguntou.

“Eu? Eu... bem... não.”

“E da onde é?”

Ok, de que lugar? Hmm... Vamos ver... Pode ser qualquer lugar, então... Ah, vai o último lugar vai!

“Sou de Wichita, Kansas.”

“Ahn, o senhor não tem muito jeito de quem é do Kansas!”

“Mariana, tenha modos, querida!” o vovô a repreendeu. “Desculpe-me, rapaz.”

“Não, não, por favor. Não se incomode. Está tudo bem!”

“Qual seu nome?” – eu sentia que ele era extremamente simpático e confiável. Era dele mesmo que eu tiraria informações sobre Houston destes últimos anos. Décadas, para falar a verdade...

“Meu... nome?” – oh ow... “Sou Peter Black Walker. Muito prazer” o cumprimentei apenas com a cabeça – mesmo estando no crepúsculo, e minha pele não brilhando com os últimos raios do Sol, ele sentiria que minha pele é mais fria do que o normal. Ele saberia que eu não sou “normal”.

“Muito prazer, senhor Walker” ele me cumprimentou retirando o chapéu, que acabou mostrando um belo cocuruto careca. “Sou Jack Gripsonville, e esta é minha neta, Mariana Gripsonville” ele disse apontando – eu sabia! Era o avô com a neta!

“Muito prazer, senhorita” a cumprimentei, e ela retribuiu.

“Pois então, está aqui de passagem?” o senhor Gripsonville quis saber.

“Sim, viajo bastante. Gosto de conhecer os lugares” – eu me sentia aliviado quando eu podia dizer as verdades... Ou meias verdades...

“Olha só, um aventureiro!”

“Sim.”

“Você tem algum parentesco por aqui? Algum amigo ou família?”

“Não, não que eu saiba...” – mentira!

“Pretende passar muito tempo?”

“Não. Meus planos são de ficar por apenas um curto espaço de tempo e logo partir!”

“E o que lhe trouxe aqui então, rapaz?”

“Bem...” – ok, agora eu teria de ser muito bom na mentira... Ou, manipulá-lo para acreditar. Prefiro a segunda. “Estou de passagem apenas, e vim ver se havia algo que me interessasse na cidade. Gosto da região!”

“Ah sim, claro que gosta” ele caiu certinho. “Houston é uma cidade maravilhosa, e está evoluindo rapidamente! A cidade está crescendo cada dia mais, e isso está sendo um processo muito mais rápido que o esperado.”

“E isso é bom?” fiquei confuso.

“Sim, Deus, claro que sim. A indústria está salvando o Texas, sabe... Estamos nos tornando um Estado muito forte, meu jovem...”

Ótima notícia. Fiquei contente com isso e então voltei minha atenção para a estátua, e a menina, a Mariana, estava lá ao pé dela copiando os dizeres da placa.

“Ah, me desculpe, senhor, mas por que sua neta está copiando tanta coisa no caderno?”

“Mariana está com um trabalho deste nosso herói” ele disse apontando para o meu “eu” de bronze, “Jasper Whitlock.”

“O senhor conhecia a sua família? Sabe de sua história?”

“Bem, sim, sei sim de várias coisas. Todos aqui sabem que ele foi um jovem muito corajoso que deixou a sua casa, sua mãe e amigos para ir lutar pelo ideal da Guerra” – em parte era mentira. Eu não tinha amigos, e o motivo de sair de casa não foi muito bem este!

“O senhor pode me contar mais?”

“Bem, sim, é claro.”

Fomos até um banco ali próximo e sentamos. Mariana estava sentada ao lado de seu avô copiando rapidamente tudo o que o senhor dizia a mim sobre a minha história.

“O rapaz sofreu muito quando pequeno, pois era muito apegado ao irmão, Bryan, que morreu de pneumonia após um trágico acidente...” – sim, agora eu via a cena. O menino lá embaixo no escuro, e sua fraca voz clamando por ajuda. Era meu irmão lá no fundo do poço.

“Ele ficou muito chateado, a família chegou a marcar médicos, mas todos diziam que ele não tinha jeito. Ele não poderia se encontrar com muitas pessoas por que era doente, e se encontrasse, ele poderia atacá-las...” – eu era doente? Ha! Essa foi boa! Ainda bem que o infeliz que inventou isso já deve ter falecido faz tempo!

“A família dele marcou dois casamentos para ele com nobres moças daqui da cidade. A primeira não se familiarizou com ele, mas a segunda senhorita se interessou por ele. E segundo contam, eles tinham gostado um do outro...” – sim, agora me lembro de Duffy. Era uma boa moça, mesmo. Espero profundamente que ela tenha se casado, tido filhos e uma longa e feliz vida.

“Depois, Jasper ficou sabendo da Guerra por seu pai, e resolveu sair de casa para lutar. Alguns dizem que ele deixou uma carta, que a mãe a guardou como se fosse a sua vida, pensando que ele nunca mais retornaria...” – sim, eu também me lembro de escrever a carta, e de deixá-la na sala após sair e deixar a porta aberta. Algo dizendo sobre deixar a tristeza ir embora comigo.

“A coitada da mãe, Mary, ficou extremamente triste, mas se apegou com todas as forças ao resto que tinha de seu filho: aos seus pertences ali deixados para trás e a carta. Ela dificilmente saía de casa, e quando saía, era para ir visitar sua irmã, que era uma professora...” – sim, minha mãe Mary... Deus, ela era tão linda e eu a deixei aqui, sozinha, desamparada. Ela não tinha mais os dois filhos... Eu tinha causado a dor em minha mãe...

Eu era um monstro sem coração!

“Ela ficava esperando na fachada de sua casa, no topo da escada da entrada, toda noite sentada no chão. Ela esperava que seu filho voltasse qualquer dia. E no fim, quando havia acabado de entrar, ela ouviu batidas na porta no escuro da noite. Assustada, ela abriu a porta e deu de cara com seu filho, Jasper. Ela o abraçou e sentiu toda a sua energia recuperar...” – sim, minha mãe me abraçando. Ah, como eu queria que ela fizesse aquilo de novo! Como eu queria sentir aquilo mais uma vez!

“Ela ficou tão feliz que mal notou que havia uma menina com ele, que era da ilha onde ele estava lutando” – sim, Cris... “A menina se chamava Cris, e ele havia se tornado um grande amigo dela. E como ela estava sem mãe e família, ele a trouxe para que a mãe tomasse conta. Ele sabia que ela sempre quis ter uma filha, e então ele quis acertar a conta com sua mãe e dar-lhe uma nova esperança. Uma pequena esperança chamada Cris. Ele conversou com Mary, a deixou e logo voltou para Galveston, mas no caminho foi surpreendido por... hmmm...”

Ah, meu Deus... Eu fui surpreendido por quem? Quem além de Maria, Nettie e Lucy?

“A história conta que ele se perdeu e se envolveu sem querer em uma batalha ali perto, mas muitos negam isso, pois antigamente, os militares tinham o costume de escrever cada passo que davam. Os seus soldados estavam lá perto de Houston em uma base e tinham escrito que ele já tinha saído com um cavalo descansado em direção a Galveston. E o tenente em Galveston tinha escrito que estava o esperando, mas que nunca chegou...” – bom, pelo menos eles não sabem nada das três...

“Nunca acharam seu corpo, nem seus pertences, nem seu cavalo... Nada! Ele virou parte da história local e nacional também, pois foi o Major mais jovem da história do país!” – sim, é verdade, eu era o Major mais jovem dos Estados Unidos. Mas... eu fui tido como o mais jovem por conta dos meus vinte anos ou por causa da verdadeira idade, dezessete?

“Ele tinha quantos anos quando se tornou Major?”

“Vinte” – a idade de mentira!

“Ele acabou sendo exemplo de coragem, simplicidade e humildade. Ele influenciou vários outros jovens a irem para a guerra também. Muitos estavam com medo, mas quando souberam do ocorrido com ele, eles desistiram de tudo e foram ajudar o Estado.”

Ele terminou de contar e eu não pude deixar de exprimir minha satisfação com tudo o que ele tinha falado. Eu estava realmente feliz. Eu tinha errado, mas corrigi o erro. Eu o corrigi com...

“E o que aconteceu com a menina, Cris?”

“Ela foi adotada pelos pais de Jasper, e ela morou na casa dos Whitlock até falecer aos sessenta e um anos por uma doença no coração.”

“Ela ficou com a casa? O que aconteceu com os meus...” oops, “quer dizer, com os pais do Jasper?”

“Eles ficaram todos juntos lá, e viveram muito felizes. Só que o que acontece é que a casa era muito grande, e quando o casal tem apenas uma filha, como no caso deles, a menina não sai de casa para morar com o rapaz. É lógico que se ela quisesse, ela poderia sair, mas ela preferiu ficar e fazer companhia a sua mãe adotiva, Mary, por que o pai, Joseph” – Joe, corrigi mentalmente, “já havia falecido dois anos antes de seu casamento por problemas no pulmão.”

“Ela se casou?” – ela teve uma vida feliz, comum. Era o que eu esperava que ela tivesse tido mesmo...

“Sim, se casou com Frederick Husck quando ainda tinha dezesseis anos e viveram juntos até que o marido faleceu três anos antes dela falecer. Eles tiveram dois filhos, Antônia e Nora. Antônia, como era a filha mais velha, se casou e ficou com a casa. Nora poderia ter ficado na casa também, mas preferiu saiu para morar com seu marido na cidade, pois era um gerente de banco.”

“Interessante” concluí.

“Sim, uma história muito interessante, não?! Magnífica!” ele se maravilhou.

“E a casa? Continua no nome de Antônia?”

“Não. Antônia se casou e teve apenas uma filha, Eva, que ainda mora lá, mas creio que esteja de mudança, pois a casa está muito antiga e recebeu um dia desses um aviso da Polícia local dizendo para se mudar de lá, que a casa pode cair qualquer hora.”

“A casa está caindo mesmo?”

“Sim, e é uma pena. É uma linda casa. Ela é daquelas madeiras antigas, bem resistentes. Todos os móveis ainda são aqueles da família original, de Joseph e Mary. Lá ainda tem o antigo poço e o que restou do estábulo ao fundo.”

“O senhor sabe, por acaso, onde fica a casa?”

“Sim, é indo ao Sul, logo após a placa dizendo que você está saindo dos limites urbanos de Houston. Não é difícil de encontrá-la.”

“Ok, agradeço muito ao senhor, por tudo o que me disse” – pois agora posso encontrar o que eu realmente vim procurar...

“Tudo bem, rapaz. É uma honra falar deste jovem, o Jasper Whitlock, pois sua história está se perdendo. Os jovens de hoje em dia não ligam mais para essas histórias antigas... É uma pena!”

“Sim, é... Mas, mesmo assim, obrigado! E agora eu irei retomar meu caminho...”

“Já vai? Não gostaria de passar a noite em minha casa? Já está tarde! É perigoso!” – ah, mal sabe ele que o maior perigo, na verdade, estava com ele ao seu lado o tempo todo. Agora... pensando bem, eu me mantive tão introspectivo com a minha história, que nem senti sede de seu sangue... Estranho...

“Não, está tudo bem, obrigado. Eu quero conhecer os outros cantos da cidade, ouvir mais histórias. Sou imensamente grato ao senhor, mas quero conhecer mais sobre a cidade!”

“Ok, então, jovem. Você é quem sabe, mas se precisar, minha casa é a terceira virando aquela rua ali atrás” ele disse apontando para a esquina. “Se precisar, é só bater que eu o acolherei!”

“Obrigado” – mas não creio que seja bom ter um vampiro que está ficando com sede em sua casa...

“Bom, então já acabou Mariana?”

“Sim, vovô! Ficou bem grande o meu trabalho!”

“Sim, mas esta é uma história muito comovente. Há de ter todos os detalhes possíveis...”

Ela acenou com a cabeça e então ambos se levantaram e partiram em direção àquela rua que o senhor havia apontado antes. Virei-me e pensei. O Sul está... está... Para lá, conversei comigo mesmo olhando a posição Sul se encontrava.

Eu tinha de encontrar a casa... E Eva.

Para Vivi ;D

Vivielen Vendramini disse...

Viiiiiiiiiiiiuuuu

eu falei que ia demorar, mas fiz a postagem da minha matéria da facul lá no blog!

ahahahahaha

dá uma corridinha lá depois... ahahahaha

Enfim, eu tbm era Team Anna... eu gostava bem mais dela do que da vicky... eu gostava da Bonnie, mas ela ficou meio revoltada, daí num gostei mais!

Então... ah... acho que é só...

¬¬

Bjs

Vivielen Vendramini disse...

DA MUUUUUUUSICAAA!!

eu baixei o cd todo do paramore!
(abafaaaa)

Amo o cd todo!

Tem mais duas que eu amo de paixão, que é All I want is you (procura no 4shared pra baixar.. é linda!) e Misguided Ghosts (procura lá tbm... senão, peralá, que daqui a pouco te mando o link pra baixar... elas são liiiiindas de morrer... ouço zilhões de vezes e nunca me canso!)

Misguided ghosts
http://www.4shared.com/audio/enbI2Z47/10_Paramore_-_Misguided_Ghosts.htm

all i wanted
http://www.4shared.com/audio/QgF3uhEZ/11_Paramore_-_All_I_Wanted.htm

Baixa elas e dpois me fala se vc gostou ou não... eu amooooo!

do Only Exception, eu achei que o clipe ficou meio feinho.. eles podiam ter caprichado um pouquinho mais... sei lá, fugiu um pouco do meu conceito que deveria acontecer no video, pq eles sempre seguem a letra, né...

Bjsss

Eu viii! Ficou muito legal a apresentação dos personagens e dos atores do filme! *-* Gosteii muiito também da outra reportagem, sobre o filme! :D :D :D

Eu preferia bem mais a Anna do que a Vicky! HAHSUAHSA', não sei porque, mas não gostava dela, mesmo... Mas a Anna roubou meu coração! HAUHAUHAA'

Vou baixaar essas músicas, e quando eu escutar te falo! Acho que vou pegar logo o cd todo, porque todas as músicas deles devem ser boas! *-* Uma que eu gostei muito com a participação da Hayley é "Airplanes - B.o.B. feat. Hayley Williams"... Muito boa mesmo! *-* Quando lançar o clip eu posto aquii! ;D

Valeu por comentaar! ;D

Bjooos'